Região Metropolitana
Padrasto é preso por suspeita de torturar enteado de sete anos em Canoas
Segundo investigação da Polícia Civil, criança teria sido agredida com cordas e pedaços de madeira por mexer no celular do homem
Um homem de 32 anos foi preso preventivamente na quinta-feira (26) por suspeita de torturar o enteado, um menino de sete anos. A prisão aconteceu na residência do suspeito, localizada no bairro Niterói, em Canoas, na Região Metropolitana. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados para resguardar a integridade da criança, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Segundo a investigação, a criança teria sido torturada em 5 de dezembro, com agressões envolvendo cordas e pedaços de madeira. O menino teria sido torturado por mexer no celular do padrasto.
A criança teria ficado com hematomas em diversas partes do corpo, como tórax, braços e nádegas, além de uma lesão de aproximadamente 30 centímetros nas costas.
O homem foi encaminhado ao sistema prisional, e a mãe do menino, que é suspeita de omissão, é procurada pela Polícia Civil. A criança está sob os cuidados do Conselho Tutelar.
A investigação
Conforme o delegado Maurício Barison, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPPCA) de Canoas, as autoridades souberam do fato porque no dia seguinte à sessão de tortura o menino foi enviado à escola. Lá, a equipe de ensino notou os hematomas e que a criança queixava-se de dores no corpo.
O Conselho Tutelar e a Guarda Municipal, então, foram acionados. Os órgãos fizeram o primeiro atendimento do fato, acolhendo o menino e conduzindo o padrasto à delegacia, onde foi registrada a ocorrência.
Um inquérito policial foi instaurado a fim de apurar a prática de tortura por parte do padrasto, assim como a omissão da mãe do menino.
A prisão preventiva foi solicitada à Justiça para a investigação do caso, evitando a possível fuga do investigado.
— A prisão tem como objetivo também resguardar a integridade física do menor vítima da tortura. As agressões praticadas contra crianças e adolescentes não ferem somente o aspecto físico, machucam a alma, interferem no desenvolvimento da personalidade e trazem confusões emocionais que dificultarão a vida adulta — afirmou o delegado.