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Litoral Norte

Jovem preso por morte de padrasto planejava voltar a Quintão para enterrar corpo encontrado em freezer, diz polícia

Investigação do crime foi detalhada pelo delegado Antônio Carlos Ractz Júnior, responsável pela apuração, no programa Timeline, da Rádio Gaúcha 

05/03/2025 - 14h46min

Atualizada em: 05/03/2025 - 14h46min


Vinicius Coimbra
Vinicius Coimbra
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Polícia Civil / Divulgação
Homicídio ocorreu em uma casa de Quintão, distrito de Palmares do Sul, no Litoral Norte.

Preso após a morte do padrasto em Quintão, no Litoral Norte, o enteado, que confessou o crime em depoimento à polícia, pretendia voltar ao local para ocultar o corpo da vítima, que estava armazenado em um freezer.

O autor confesso, de 23 anos, filho da companheira da vítima, foi preso na noite de terça-feira (4), em Gramado, na Serra, onde morava. O nome dele não foi divulgado pelas autoridades.

O planejamento do preso foi relatado no programa Timeline, da Rádio Gaúcha, na manhã desta quarta-feira (5), pelo delegado responsável pela apuração do caso, Antônio Carlos Ractz Júnior.

— Ele nos falou que já estava em direção ao Balneário Quintão, mas voltou para casa quando viu as reportagens (do caso) nas redes sociais. Ele pretendia retornar para o Litoral para enterrar o padrasto e, para isso, utilizaria cimento e cal. No fundo do pátio, encontramos um início de um buraco — detalhou Ractz.

O corpo de Milton Prestes da Silva, 55 anos, foi encontrado esquartejado e carbonizado dentro de um freezer na casa onde ele morava com a mãe do suspeito em Quintão, distrito de Palmares do Sul. Ele estava desaparecido desde a última quinta-feira (27).

Aos policiais, o preso admitiu ter cometido o crime com uma faca. Ele disse ter matado o padrasto em razão de supostas agressões feitas contra a mãe dele. 

Segundo a polícia, não há registros oficiais de violência doméstica no histórico do casal. O delegado afirma que os indícios apurados até o momento enfraquecem a versão apresentada pelo preso.  

Participação da mãe

O autor confesso afirmou que a mãe dele não teve envolvimento no fato.

— Ele nos disse que ela tinha tomado remédios, por isso estaria dormindo e não teria visto nada. Os vizinhos notaram fumaça no final de semana, ela pediu uma pá emprestada para três deles. O que ele nos narrou não bate com a cena do crime. Não descarto a participação da mãe: a prisão dela é imprescindível para a investigação — acrescenta.

A mulher, de 47 anos, não foi encontrada, mas, segundo o delegado, a Polícia Civil já pediu à Justiça a prisão preventiva dela. 

Durante as buscas pela suspeita na terça-feira, a Brigada Militar localizou um Gol que teria sido usado por ela na fuga. No porta-malas, os agentes encontraram um serrote, uma corda e restos de carvão.

O enteado ficará preso preventivamente na Penitenciária Modulada Estadual de Osório. Segundo a polícia, ele tem diversos antecedentes criminais, a maioria relacionada ao tráfico de drogas.



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