Polícia



Seis dias de angústia

“Deus não vai me tirar ela assim”, diz mãe de jovem desaparecida após churrasco com amigos em Canoas

Familiares de Carolina Oliveira de Lima estiveram em frente à delegacia que investiga o caso para pressionar por esclarecimentos. Jovem de 20 anos e dois amigos não são vistos desde o último domingo

13/04/2025 - 10h51min

Atualizada em: 13/04/2025 - 10h51min


Bruna Oliveira
Bruna Oliveira
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Ronaldo Bernardi/Agencia RBS
Kátia Oliveira, mãe de Carolina, busca respostas sobre o paradeiro da filha.

A busca por respostas mobiliza familiares de três jovens desaparecidos desde o último fim de semana em Canoas, na Região Metropolitana, após um churrasco. Um grupo se reuniu na manhã deste sábado (12) em frente à delegacia que investiga o caso para cobrar esclarecimentos sobre o paradeiro dos jovens. O local estava fechado.

Os desaparecidos são Pedro Henrique Di Benedetto Rodrigues, de 24 anos, Vítor Juan Santiago, 18 anos, e Carolina Oliveira de Lima, de 20 anos. Eles foram a um churrasco com amigos no domingo (6) e desde então não foram mais vistos.

— A Carol saiu com a chave na bolsa. Ela ia voltar para casa. Deus não vai me tirar ela assim. Ele deve ter algum propósito. Não sei se é para me fazer ter esse movimento, de lutar contra esse tipo de violência que a gente está cansada de ver com os nossos filhos saindo e não voltando — disse Kátia Oliveira, mãe de Carolina, bastante emocionada.

Kátia esteve na porta da delegacia acompanhada de tias de Carolina e amigas. Os familiares dos outros envolvidos não compareceram ao ato. O objetivo da mobilização, segundo Kátia, é pressionar para que a polícia não interrompa as buscas até que todos sejam encontrados.

— Muitas coisas estão sendo mantidas em sigilo. A única coisa que sei é que não se tem nenhuma informação sobre onde eles estão — lamentou Kátia.

O desaparecimento é investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) do município. O delegado Edimar Machado afirma que Pedro Henrique e Vítor Juan têm antecedentes criminais por tráfico de drogas. Carolina não tem registros policiais.

— Suspeitos a gente não tem ainda. A primeira linha (de investigação) é um possível envolvimento com tráfico, dívida ou questão de disputas entre facções, mas não está descartada a questão de eles terem saído do Estado — afirmou o delegado ao g1.

À reportagem de GZH, o delegado afirmou neste sábado que não há novas atualizações sobre o caso e que os desaparecimentos seguem sendo investigados.

Entenda o caso

Os amigos teriam recebido uma ligação durante o churrasco, no bairro Guajuviras, ainda no domingo. O trio, então, teria se deslocado de carro para Esteio para encontrar outro amigo. Na terça-feira seguinte, um veículo que seria utilizado por um dos jovens foi encontrado abandonado.

Segundo a polícia, o carro não tinha sinais de sangue ou outros vestígios que pudessem apontar para um crime.


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