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Investigação

Crime da mala: Polícia Civil faz buscas por crânio de vítima em depósitos de lixo no RS

Ricardo Jardim, principal suspeito do crime e preso preventivamente desde 4 de setembro, disse que deixou resto mortal em contêiner nas redondezas da Usina do Gasômetro

16/09/2025 - 09h53min


Vitor Rosa
Vitor Rosa
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Pedro Trindade
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Alessandro Agendes/Grupo RBS
Ricardo Jardim foi ouvido no início da noite de 10 de setembro.

A Polícia Civil informou que está fazendo buscas em lixões pelo crânio da mulher que foi esquartejada e teve partes do corpo espalhadas por Porto Alegre. Os trabalhos são concentrados em depósitos e aterros sanitários que recebem resíduos da Capital.

A vítima foi identificada como Brasília Costa, 65 anos. O publicitário Ricardo Jardim, 66, é o principal suspeito do crime e está preso preventivamente desde 4 de setembro.

Conforme os investigadores, a decisão de concentrar as diligências nesses locais se dá porque o suspeito afirma ter deixado o crânio em um contêiner de lixo nas redondezas da Usina do Gasômetro.

— Temos o apoio das empresas que fazem a limpeza urbana, os funcionários estão atentos para informar a Polícia Civil. Temos apoio do IGP, à disposição para ir ao local com eventual suspeita. Todas as diligências estão sendo feitas — diz o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Mario Souza.

O tronco da vítima estava dentro de uma mala no guarda-volumes na Estação Rodoviária da Capital. Restos mortais foram localizados em sacolas de lixo deixadas em uma rua na Zona Leste. As pernas foram encontradas em dois trechos diferentes da Zona Sul.

A Defensoria Pública, que representa o suspeito, diz que só se manifestará nos autos do processo.

Em 2018, Ricardo foi condenado a 28 anos por matar e concretar a mãe. Ele foi solto em 2024 após conseguir autorização para progressão ao regime semiaberto

Rastro financeiro na mira

Outra prioridade da investigação nos próximos dias é identificar e refazer o rastro financeiro de Ricardo Jardim. O contexto econômico é considerado fundamental pelas autoridades para esclarecer a dinâmica do crime. O suspeito teria feito movimentações nas contas de Brasília:

— Verificar o que pode ter comprado, como, se pelos seus meios de compra ou meios de compra da vítima, e também verificando nesses locais o que foi adquirido, como foi adquirido, porque isso tudo pode ter uma interligação maior. Para que nós possamos encaixar todo esse circuito e compreender o que aconteceu.

Análise preliminar da Polícia Civil indica que o publicitário pesquisou na internet sobre identificação de pessoas e DNA um dia após deixar a mala com o tronco da vítima na Estação Rodoviária.




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