Entrevista na Gaúcha
"Toda acusação nós respondemos com provas", afirma Cris Pereira sobre condenação por estupro de vulnerável
Humorista foi sentenciado, em segunda instância, a 18 anos, quatro meses e 15 dias de prisão; agora, defesa prepara recurso junto ao STJ

O humorista Cris Pereira afirmou nesta segunda-feira (20), em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, que está confiante que conseguirá a absolvição ao recorrer da condenação por estupro de vulnerável, uma vez que "respondeu todas as acusações com provas".
— Eu acho tão incabível tudo que foi colocado e a forma como foi colocado, porque tudo que foi citado nós respondemos com provas, tudo. Toda acusação nós respondemos com provas — afirmou.
Em setembro, o humorista foi condenado, em segunda instância, a 18 anos, quatro meses e 15 dias de prisão por estupro de vulnerável. O caso teria ocorrido em 2021, quando a menina tinha três anos.
O processo corre em segredo de Justiça, em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O artista havia sido absolvido em primeira instância, quando o processo tramitou na comarca de Estância Velha. Agora, após a decisão da segunda instância, a defesa entrou com recursos no Tribunal de Justiça (TJ) apontando omissões e contradições jurídicas — etapa preparatória para recurso especial ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e para recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Como mostrou a colunista Andressa Xavier, a condenação da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça levou em conta laudos fornecidos pela família materna da vítima, feitos por profissionais contratados de forma particular. A decisão também desqualificou exames oficiais do Instituto-Geral de Perícias.
Durante a entrevista ao Timeline, Cris Pereira afirmou que colaborou durante todo o processo.
— Eu me coloquei à disposição de tudo. Quando veio a acusação eu pedi: "Cara, me investiguem, vão atrás de mim, por favor", porque é o clássico, quem não deve, não teme — relata.
O humorista também esclareceu que conviveu com a criança desde que ela nasceu, mas que contato teria sido interrompido pela mãe da menina, sem qualquer decisão judicial.