Medicamento controlado
Polícia encontra clonazepam em refrigerante que pode ter causado intoxicação de 12 funcionários de unidade de saúde em SC
Suspeito de colocar substância na bebida trabalha no local e estava afastado após denúncia de assédio sexual feita por colegas

A Polícia Civil confirmou, nesta segunda-feira (10), que a substância clonazepam foi encontrada no refrigerante que pode ter intoxicado 12 funcionários do pronto-atendimento de Santa Cecília, em Santa Catarina, no final de outubro. A informação foi divulgada pela delegada Jéssica Borges, responsável pela investigação.
Os servidores foram intoxicados em 21 de outubro e relataram tontura, sono intenso e lapsos de memória, sintomas que surgiram quase ao mesmo tempo. Todos chegaram a ser internados, mas já receberam alta e seguem em acompanhamento médico, conforme informou a Secretaria Municipal de Saúde.
O clonazepam é um medicamento controlado usado para tratar crises convulsivas, transtornos de ansiedade e distúrbios do sono. A substância é o calmante mais vendido no Brasil, de acordo com o g1.
Como tudo aconteceu?
Os sintomas começaram logo após o café da tarde, quando os funcionários compartilharam um refrigerante de dois litros levado por uma mulher ao posto de saúde.
Ela foi identificada como tia de um funcionário da unidade, e ambos foram presos, suspeitos de envolvimento no episódio.
O homem trabalha no local e foi afastado das funções no início de outubro, após ser alvo de uma denúncia por assédio sexual feita por colegas. Durante uma operação, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências dos dois. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.
Sintomas e relatos das vítimas
Em nota, a Secretaria de Saúde relatou que várias pessoas não se lembravam com clareza dos acontecimentos após o consumo da bebida. Uma das vítimas afirmou: "onde eu me encosto, eu durmo". Outras relataram tontura, peso na cabeça e sonolência extrema.
Entre os afetados estão médicos, enfermeiros, técnicos, farmacêuticos e pessoal administrativo. Um técnico de enfermagem, que também é vereador na cidade, chegou a ser transferido para outro município em razão do quadro clínico.