Polícia



Medicamento controlado

Polícia encontra clonazepam em refrigerante que pode ter causado intoxicação de 12 funcionários de unidade de saúde em SC

Suspeito de colocar substância na bebida trabalha no local e estava afastado após denúncia de assédio sexual feita por colegas

11/11/2025 - 11h15min


Zero Hora
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Júlio Cordeiro/Agencia RBS
12 pessoas foram internadas mas já receberam alta.

A Polícia Civil confirmou, nesta segunda-feira (10), que a substância clonazepam foi encontrada no refrigerante que pode ter intoxicado 12 funcionários do pronto-atendimento de Santa Cecília, em Santa Catarina, no final de outubro. A informação foi divulgada pela delegada Jéssica Borges, responsável pela investigação.

Os servidores foram intoxicados em 21 de outubro e relataram tontura, sono intenso e lapsos de memória, sintomas que surgiram quase ao mesmo tempo. Todos chegaram a ser internados, mas já receberam alta e seguem em acompanhamento médico, conforme informou a Secretaria Municipal de Saúde.

O clonazepam é um medicamento controlado usado para tratar crises convulsivas, transtornos de ansiedade e distúrbios do sono. A substância é o calmante mais vendido no Brasil, de acordo com o g1.

Como tudo aconteceu?

Os sintomas começaram logo após o café da tarde, quando os funcionários compartilharam um refrigerante de dois litros levado por uma mulher ao posto de saúde.

Ela foi identificada como tia de um funcionário da unidade, e ambos foram presos, suspeitos de envolvimento no episódio.

O homem trabalha no local e foi afastado das funções no início de outubro, após ser alvo de uma denúncia por assédio sexual feita por colegas. Durante uma operação, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências dos dois. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.

Sintomas e relatos das vítimas

Em nota, a Secretaria de Saúde relatou que várias pessoas não se lembravam com clareza dos acontecimentos após o consumo da bebida. Uma das vítimas afirmou: "onde eu me encosto, eu durmo". Outras relataram tontura, peso na cabeça e sonolência extrema.

Entre os afetados estão médicos, enfermeiros, técnicos, farmacêuticos e pessoal administrativo. Um técnico de enfermagem, que também é vereador na cidade, chegou a ser transferido para outro município em razão do quadro clínico.

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