Assaltos
Saiba como não ser alvo dos punguistas no centro de Porto Alegre
De acordo com a polícia, primeira regra é evitar a ostentação
Às 15h30min de quinta-feira, uma mulher de 43 anos chega ao posto do 9º BPM na Rua José Montaury, no entorno do Mercado Público. Moradora do Bairro Rubem Berta, ela relata ao sargento Rubens que foi ao Centro para resolver problemas pessoais e, quando chegava à parada da Praça Parobé para pegar o ônibus e retornar, foi atacada por punguista.
- Foi questão de minutos, eu peguei o celular, ele passou correndo e levou - resumiu a mulher, que, ainda abalada, não quis conversar mais e pediu para não ser identificada.
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Ela se tornou vítima do mais popular crime no Centro da Capital: furto de celular. Correntes, relógios, óculos e outros objetos de valor estão na mira dos gatunos, mas o grande alvo são os telefones móveis. Eles são os principais ingredientes do comércio ilegal que, há pelo menos cinco anos, toma conta da região.
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No Centro, a regra é evitar ostentação
Nessa época de fim de ano, a Brigada Militar e o Sindicato dos Lojistas (Sindilojas) calculam que mais de 50 mil pessoas vão, em média, circular diariamente pela região central. Os picos são na véspera de Natal e de Ano Novo, quando a quantidade pode superar 100 mil pessoas. Em meio ao mar de gente, gatunos espreitam na busca das vítimas mais fáceis.
- O Centro de Porto Alegre, hoje, tornou-se um grande mercado de roubo. A Brigada Militar combate este crime com todas as forças, mas a população tem de se conscientizar para dificultar a vida dos ladrões - admite o comandante do 9º BPM, tenente-coronel Francisco Vieira.
Para a polícia, o pior erro é mostrar o aparelho em meio ao aglomerado de pessoas. Criminosos ficam à espreita. Desde dezembro do ano passado, a Brigada Militar registrou 170 casos de furto e roubo de celular.
Até bijuterias são alvo dos ladrões no Centro
Cuidado até com bijuterias
- É quase nada perto do número real. A toda hora acontece um caso, mas muitas pessoas não registram, sobretudo quando o aparelho é antigo - arrisca o titular da 1ª DP, delegado Paulo César Jardim.
Apesar de não ser responsável pelas investigações no Centro, a delegacia na Rua Riachuelo recebe várias vítimas para registro de ocorrência.
- Algumas registramos aqui, outras encaminhados direto para 17ª DP. Não temos registro da quantidade de ocorrências - disse Jardim.
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Correntinhas e relógios, mesmo que não sejam de marcas nobres, também são atrativos, sobretudo para usuários de drogas, que os trocam por drogas nas bocas de fumo.