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Bela iniciativa

Comunidade da Cohab Rubem Berta usa grafite para o bem em Porto Alegre

Desenho gigante do personagem Chaves colore um dos prédios do conjunto habitacional da Zona Norte

25/03/2015 - 07h10min

Atualizada em: 25/03/2015 - 07h10min


Tadeu Vilani / Agencia RBS

Grafite como símbolo de paz, harmonia e alegria na comunidade. É com essa filosofia que o ativista cultural Leandro Francisco Seré, o Tiririca, 32 anos, tem coordenado um movimento no conjunto residencial Rubem Berta (conhecido como Cohab Rubem Berta), na Zona Norte da Capital.

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Uma prova concreta está na imensa pintura do personagem Chaves que decora de cima abaixo a parede de um dos prédios do local. São mais de 10m de grafite no Bloco C1 do Núcleo 12. 

Cultura combate a violência

Como muitas comunidades da periferia, a da Cohab Rubem Berta sofre com a violência, provocada principalmente pelas disputas do tráfico de drogas. Mas não se deixa abalar. Vai à luta via atividades culturais. Tiririca é um dos expoentes desse movimento de resistência. Ele e o pai chegaram ao local com os primeiros moradores, em 1987.

- Nasci e cresci aqui. Como jovem de periferia, há 15 anos conheci o rap. Então, passei a trabalhar com a cultura - conta ele.

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O primeiro passo foi a criação do coletivo Cohab é Só Rap, com o apoio da Associação Comunitária de Moradores do Conjunto Residencial Rubem Berta (Amorb). Na sequência, como parte da atividade, foi criado o Colorindo a Cohab, que reúne grafiteiros locais e convidados.

Colorida por artistas de São Paulo

A imagem de Chaves (que tem de um lado um também gigantesco hippie, que segura entre as mãos uma favela, e de outro, um pequeno Chapolin Colorado), foi grafitada por artistas de Capão Redondo _ distrito paulistano de onde saíram os rappers do Racionais MCs.

- Escolhemos o Chaves porque é um personagem puro, de um programa sem violência, sem pornografia, sem malícia e que alegrou crianças de várias gerações - explica Tiririca.

Os adolescentes aprovaram. As irmãs Jéssica e Jenifer Nunes, de 14 e 13 anos, juntamente com a prima Cassiele Freitas, 14 anos, moram e se divertem em janelas que ficam embaixo de um dos braços e no peito, na altura do coração do personagem.          

- Parece que foi o síndico que pediu. Ficou legal - diz Jéssica.

Há outras várias paredes e muros com coloridos semelhantes no loteamento.

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