Adesão à paralisação
Ônibus da Carris não circulam nesta segunda-feira em Porto Alegre
Funcionários reclamam da falta de segurança para justificar decisão
Entidades que representam a Brigada Militar pediram, na sexta-feira, que a população permaneça em casa nesta segunda. Os brigadianos anunciaram que ficariam aquartelados e disseram que só deixariam os batalhões para atender ocorrências de urgência, como crimes contra a vida.
Curta a página do jornal no Facebook
Os ônibus da Carris não circulam nesta segunda-feira em Porto Alegre. A alegação para que os 8,6 mil rodoviários da empresa não trabalhem é a insegurança causada pelo aquartelamento dos policiais militares - que protestam contra o parcelamento dos salários do funcionalismo estadual.
Os coletivos não saíram das garagens no início da manhã e, em assembleia realizada às 7h30min, os servidores optaram por manter a paralisação até o fim do dia. Segundo a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), a frota que está fora de operação é de 383 veículos e 29 linhas.
AO VIVO: acompanhe o dia de protestos no Rio Grande do Sul
Esposas de PMs protestam em frente ao 9º BPM
Linhas das demais empresas funcionam normalmente. Para reduzir o impacto da paralisação da Carris aos passageiros, a EPTC anunciou remanejos para atender as linhas T1, T4 e T11: a Conorte atende as linhas T1 e T4 com oito ônibus, a STS atende a T11 com 10 veículos e a Unibus atende a linha T6 e 346 com 10 veículos.
Delegado sindical da Carris, Luís Afonso Martins diz que foram 27 assaltos em linhas da empresa em julho e pede adicional de periculosidade à categoria. Caso a situação da segurança se normalize na Capital, os ônibus podem voltar a circular.
Por falta de segurança, ônibus não circulam em Rio Grande
Setor por setor, saiba o possível impacto da manifestação
A Carris afirmou que cortará o ponto de quem não trabalhar nesta segunda-feira e ingressou na Justiça do Trabalho pedindo a desobstrução da garagem da empresa. O presidente da Carris, Sergio Zimmermann, disse que os manifestantes seriam 30% do total de funcionários e que a empresa irá identificá-los. A diretoria aguarda chegada de um reforço da Guarda Municipal para tentar liberar veículos para a rua na garagem da empresa.