Capital
Vandalismo destrói prédio de parque da Zona Norte de Porto Alegre
Prefeitura promete reformar o que restou dos vestiários do Parque Marechal Mascarenhas
Nem mesmo a tentativa de parceria entre a prefeitura e os moradores do Bairro Humaitá, na Zona Norte de Porto Alegre, conseguiu salvar dois prédios públicos que agonizaram por anos entre um campo de futebol e quatro quadras de esportes no Parque Marechal Mascarenhas de Moraes. Um deles, que servia como sala para eventos, terminou derrubado pela Secretaria Municipal de Esportes depois que vândalos furtaram as partes elétrica e hidráulica, as portas, janelas e até parte das paredes. Hoje, restam os dois vestiários interditados e sem o telhado _ furtado durante a noite.
- Sem lugar próprio para colocar o uniforme, os times que usam as quadras acabam trocando de roupa na rua. E o dinheiro público é desperdiçado nestes prédios abandonados - reclama o presidente da Associação de Moradores do Bairro Humaitá, Ronaldo Floriano.
Em agosto de 2013, o Diário Gaúcho mostrou a situação precária dos dois imóveis. Na época, o secretário municipal de Esportes, José Edgar Meurer, reconheceu o problema e se recusou a reformar o local sem uma parceria com a liga de futebol local. Pelos cálculos do secretário, a reforma - a troca do telhado, as novas paredes e os novos vestiários - custaria cerca de R$ 25 mil. A limpeza e a segurança dos prédios ficariam sob responsabilidade dos moradores do bairro. Mas a união se desfez logo depois, e os prédios continuaram sendo consumidos pelos vândalos.
- Pensamos em criar um espaço cultural no local. Antes de projetarmos a reforma, a sala veio ao chão quando tiraram uma parte da parede. O jeito foi autorizar a demolição - explica o chefe de gabinete da Secretaria, José Antônio Brizola.
Para o presidente da Associação dos Amigos do Parque, Osi Luis, a destruição de um dos prédios tornou o espaço temido pelos frequentadores, principalmente, ao entardecer.
- É frequente a presença de pessoas consumindo drogas e furtando algo dos vestiários. Os vândalos seguem arrancando o que ainda está de pé. Se não fizerem algo, o que ainda resta terminará também no chão - desabafa.
Alternativa
Na semana passada, a Secretaria de Esportes se reuniu com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) para discutir as obras dos vestiários. A parte hidráulica foi recuperada. Porém, José Antônio afirma que será necessário novo orçamento para a reforma.
- Não temos uma data prevista para a recuperação, mas precisa ser logo. O parque está ganhando nova iluminação e não pode ficar sem esta área. Por enquanto, os moradores podem usar como alternativa o antigo campo do Sesi (Rua Frederico Mentz com Rua Graciano Camozzato), que foi recuperado - finalizou o chefe de gabinete.