Portões reabertos
Feira do Livro reaproxima população do Cais Mauá em Porto Alegre
Área próxima ao pórtico central recebe exposições e serve como ponto de embarque para o Cisne Branco
Miniatura de navio atrai atenção das crianças
Foto: Lauro Alves/Agência RBS
Depois de abrir os portões para eventos ligados à Copa do Mundo de 2014, o Cais Mauá voltou a receber visitantes - em número ainda tímido - ao abrigar atrações da recém-lançada 61ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre.
O local conta com exposições artísticas e de maquetes do cais e de embarcações, além de servir como ponto de acesso para os passeios a bordo do Cisne Branco. Há ainda algumas cadeiras de madeira para quem quiser admirar o Guaíba enquanto o projeto de revitalização não sai do papel.
Apesar do mau tempo do sábado, o pórtico central e o Armazém B foram procurados até por visitantes de outros países, como um grupo de paraguaios que estão no Rio Grande do Sul para participar de um torneio de patinação artística. Ao ver o acesso à margem liberado através do Muro da Mauá, cerca de uma dezena de adolescentes e familiares se pôs a admirar a beleza da orla.
- Estamos comentando que aqui deve ser lindo à noite. É um lugar muito bonito - comentou a turista Marta Mir, 54 anos, acompanhada da filha Betania, 13 anos.
O grupo aproveitou para fazer um passeio pelo Guaíba no Cisne Branco, cujo ponto de embarque foi deslocado para as imediações do pórtico durante a Feira do Livro. A reabertura temporária, que permite o acesso a um espaço restrito do cais delimitado por cercados de metal, também serviu para pequenos visitantes como Rafael, seis anos, conhecerem a área.
- É a primeira vez que ele vem aqui. Gostou bastante - comentou a tia, Jane Santos, enquanto o menino corria ao redor.
O local receberia o Teatro Carlos Urbim e a Casa do Pensamento durante a feira. Porém, em razão das fortes chuvas de outubro que ameaçaram inundar a área, as atrações foram transferidas para outros pontos. No armazém reaberto, há divulgação do projeto de revitalização do cais com uma maquete da região, uma exposição de equipamentos antigos e de miniaturas de embarcações da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) do Estado e outra com excertos das obras do poeta Paulo Leminski e do cartunista Millôr Fernandes.
Mas é a visão próxima do Guaíba que atrai a maior parte das atenções. Embora o mau tempo do sábado tenha reduzido a frequência de visitantes, casais como Marcelo Klein, 28 anos, e Rafaela Velozo, 24, aproveitaram o acesso liberado para tirar fotos junto à água.
- Constumamos frequentar o Gasômetro. Mas é muito bom voltar a ter contato com a área do cais - comemorou Rafaela.