No dia em que começou a valer a nova tarifa para os ônibus em Porto Alegre – elevada de R$ 3,25 para R$ 3,75 – o Bloco de Luta pelo Transporte Público realizou um protesto na área central da Capital. Concentrados desde as 17h na Praça Montevidéu, os manifestantes percorreram várias ruas a partir das 19h, pedindo que o valor da passagem seja reduzido. O ato terminou às 20h15min e não houve confusão. De acordo com a Brigada Militar, foram 1,2 mil participantes. A organização do evento calculou um total de 5 mil pessoas no ato.

Os manifestantes passaram pelo Túnel da Conceição e pela Avenida João Pessoa e ingressaram, por volta das 19h50min, na Avenida Borges de Medeiros. Eles foram acompanhados pela Brigada Militar (BM) e pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), que fizeram bloqueios no trânsito. Na próxima quarta-feira, uma assembleia vai definir nova manifestação, marcada para o dia 29 de fevereiro.

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– Este ato está tendo uma repercussão muito maior que o da semana passada, então estamos ainda avaliando o roteiro em função do número de pessoas que vão participar. Temos como reivindicação imediata que o valor da tarifa retorne ao preço anterior, de R$ 3,25, e também que se faça um debate mais profundo sobre o transporte em Porto Alegre. A nova licitação foi um debate que não chegou na população – comentou um dos integrantes do Bloco de Luta, Júlio Câmara.

Nesta segunda-feira, o transporte público na Capital começou a operar com a tarifa de R$ 3,75 para ônibus, que até então custava R$ 3,25, e de R$ 5,60 para os lotações, que antes tinham o preço de R$ 4,85. O aumento é de 15,38%. Além disso, também entraram em operação 296 coletivos de pintura diferente, alguns com ar-condicionado (o equivalente a 37% da frota) e novas linhas (T12 e T13, que atenderão Restinga e Lomba do Pinheiro).

Dos 296 ônibus que passaram a circular nesta segunda-feira, apenas 12 são realmente novos na frota. Os demais substituem veículos antigos ou correspondem a pinturas em ônibus já adquiridos e que estavam fora de circulação.

Na terça-feira da semana passada, quando havia a sinalização da prefeitura de que a passagem teria aumento, o Bloco de Luta reuniu 250 pessoas em um protesto. Conforme a BM, não foram registradas ocorrências relacionadas ao ato. Entretanto, segundo a EPTC, linhas de ônibus chegaram a apresentar duas horas de atraso e houve congestionamentos de até 1km de extensão em pontos como a Avenida Mauá.

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