Fique alerta
Confira dicas para jogar Pokémon Go em segurança
Brigada Militar relaciona cuidados para diminuir os riscos durante o jogo
Se já era um desafio não ser assaltado em Porto Alegre caminhando alerta pelas ruas, imagina se você estiver com o celular na mão e a cabeça no mundo Pokemón Go. O jogo de realidade aumentada foi lançado na última quarta-feira no Brasil, e desde então é possível ver muita gente perambulando pela cidade em busca dos bichinhos. A Brigada Militar também está ligada na novidade – especialmente no perigo que ela pode representar.
O major Euclides Neto, chefe da comunicação social da polícia, diz que ainda não há registros de crimes em decorrência do jogo – apenas um relato, não confirmado, de roubo na Capital. Mas destaca que houve complicações em outros Estados e países e ressalta que o jogador não pode se transportar para o "mundo paralelo" da realidade aumentada, esquecendo-se de prestar atenção no local em que está transitando na vida real.
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O que explica o sucesso do Pokémon Go
Confira algumas dicas da Brigada Militar:
– Os pais devem redobrar a atenção com as crianças, certificando-se de que elas não deixem de realizar suas atividades normalmente. Também é preciso tomar cuidado para que elas não saiam sozinhas.
– Alerte os mais jovens pra não interagir com estranhos.
– Ao caçar os pokémons, evite locais afastados e com pouca iluminação.
– As pessoas não devem utilizar o jogo em avenidas movimentadas, observando se o sinal de trânsito está aberto ou fechado, evitando um atropelamento.
– Evite espaços totalmente abertos como parques e praças com pouca circulação de pessoas, principalmente à noite.
– Saia em grupo para jogar. Permaneçam unidos e sempre atentos à aproximação de pessoas estranhas.
– Os usuários têm a possibilidade de soltar iscas para atrair mais pokémons e consequentemente mais jogadores a um local determinado. Ladrões ou pessoas malintencionadas podem usar a prática para atrair as vítimas. Leve isso em consideração e dê preferência para ir a locais que você conhece.
– Não entre em propriedade alheia ou locais restritos em busca de monstrinhos. Lembre que invadir propriedade privada é crime.
– Caso for vítima de roubo, o jogador deve registrar o boletim de ocorrência.
Todo cuidado é pouco
O Pelas Ruas percorreu, na tarde desta sexta-feira, alguns pontos onde os jogadores se sentem um pouco mais seguros para jogar: um shopping, uma universidade (PUCRS), além de espaços públicos cercados e bem movimentados (Jardins do Dmae e Parque Germânia). Na PUCRS, foi possível avistar muitos jogadores em grupos – o que é mais seguro e pode ser ainda mais divertido.
– A gente marcou ontem de noite em cima da hora, viemos entre oito pessoas – conta Rubens de Lima, 22 anos, que estuda na UFRGS e foi à PUCRS "só pra pegar Pokémon".
Quando Rubens joga na rua, deixa o celular dentro do bolso, porque o aplicativo faz o equipamento vibrar quando tem Pokémon por perto.
– Daí a gente entra em alguma loja e fica lá dentro para caçar Pokémon – complementa.
O metroviário Juliano Balbinot levou a filha e a sobrinha para caçar Pokémons na Zona Norte. Os três têm o aplicativo instalado no celular, mas a função do pai é semelhante à de um segurança:
– Elas ficam mais no celular, e eu, cuidando na volta – disse, na entrada do Iguatemi.