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Região Metropolitana

Com ruas alagadas, mais de cem pessoas são retiradas de casa e outras 200 ficam ilhadas em Alvorada

Água do Arroio Feijó avançou e tomou diversas vias dos bairros Americana e Nova Americana

15/09/2023 - 09h48min

Atualizada em: 15/09/2023 - 09h56min


Guilherme Milman
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Guilherme Milman / Agência RBS
Famílias ilhadas utilizam barcos para receber mantimentos da prefeitura de Alvorada

Centenas de pessoas foram retiradas de casa devido ao transbordamento do arroio Feijó, em Alvorada, na Região Metropolitana. A prefeitura estima que cerca de outras 200 estejam ilhadas em suas casas. O nível da água subiu ainda mais nesta quinta-feira (14), causando alagamento em diversas ruas dos bairros Americana e Nova Americana.

Os primeiros moradores foram retirados ainda na última quarta-feira (13). No entanto, o número de resgates aumentou no dia seguinte. A água alcançava a parte de cima de algumas casas, sendo impossível se deslocar sem barco. Segundo a prefeitura entre 30 e 40 famílias já deixaram suas casas. Quatro delas se encontram abrigadas no Ginásio Anísio Teixeira. As demais se deslocam para casas de amigos ou familiares.

Residente na Rua Anita Garibaldi, uma das mais alagadas, Moacir Souza Lima Júnior, 51 anos, estava colocando seus móveis para um caminhão, que levaria para a casa de um vizinho, onde irá dormir. Ele diz que conseguiu sair a tempo de recuperar seus pertences, mas teme que o volume da água siga aumentando.

— Não tem jeito de ficar em casa, tive que sair como outros moradores também. Temos que torcer que ela (água) fique no nível que está agora, porque se ela subir mais é perda total — conta.

Para auxiliar as famílias que decidiram permanecer em casa, apesar da enchente, voluntários e membros da prefeitura estão utilizando embarcações para distribuir marmitas e botijão de gás, já que não está sendo possível utilizar o fogão para cozinhar. Diversas equipes se dividiram pelas áreas afetadas para realizar a entrega.

Já outras famílias conseguem chegar até a parte seca para retirar os mantimentos. Angelita Gonçalves está ficando na parte de cima da sua casa junto com o marido e o filho. O andar debaixo já está totalmente submerso.

—  Perdemos armário de cozinha, roupeiro, tudo que não conseguimos erguer.  Meu irmão que mora embaixo, que tá na água, também tá lá comigo. Meu irmão dos fundos também tá lá comigo. A gente tá se ajudando.

O Arroio Feijó acabou se elevando em consequência da cheia do Rio Gravataí. A expectativa da prefeitura é que, com a diminuição das chuvas, o rio comece a estabilizar já nesta sexta-feira (15). 


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