SEU PROBLEMA É NOSSO
Grupo escoteiro de Canoas precisa de ajuda com telhado
A estrutura foi arrancada pela ventania do temporal do dia 16 de janeiro.
Fundado em 1982, o Grupo Escoteiro do Ar 14-Bis, de Canoas, completa, amanhã, 42 anos de existência. Porém, ao invés de comemorar, os esforços da equipe estão focados na solução de um problema. Mais de quatro meses depois, a sede do grupo ainda sofre as consequências do temporal ocorrido em 16 de janeiro no Rio Grande do Sul. Na ocasião, o telhado do local foi arrancado pela ventania. A diretora e presidente do 14-Bis, Rosângela Domenico, explica que o teto tinha sido reformado recentemente, em novembro de 2023, após a queda de uma árvore da Escola Estadual Jasbelino Jardim, localizada nos fundos da sede.
_ Gastamos o que a gente tinha e não tinha das economias e fizemos um telhado novinho em novembro. Então, em menos de três meses, perdemos ele_ relata a diretora.
A sede do grupo é dividida em três espaços: uma sala para os lobinhos, que são crianças dos seis anos e meio aos 10 anos; outra para os escoteiros, adolescentes de 11 a 14 anos; e mais uma para os seniores, jovens de 18 a 23 anos. A área dos escoteiros é a maior e foi a que sofreu o destelhamento. Além disso, um espaço separado de alvenaria, que contém os banheiros, teve seu teto arrancado pelo temporal.
Por conta dessa situação, as atividades do 14-bis estão sendo realizadas no pátio da sede, ao ar livre, e, quando chove, as ações são suspensas.
Rosângela explica que o telhado é importante para a continuidade do grupo e, até mesmo, do escotismo no Estado, pois o acolhimento realizado com crianças e jovens possibilita a transmissão de conhecimentos das mais diversas áreas e colabora para o desenvolvimento da cidadania.
_ A nossa urgência é manter o grupo funcionando. Para os participantes levarem adiante o movimento escoteiro. Para que não acabe_ relata a diretora.
Experiências
Yuri Ramone de Campos Vargas, 13 anos, participa das atividades do Grupo Escoteiro do Ar 14-Bis desde 2022. Comunicativo, o adolescente conta que participar desse grupo ajudou no seu desenvolvimento, principalmente, pela limitação do conhecimento causada pela aulas online durante a pandemia:
_ Quando eu estou lá, eu aprendo bastante coisa. Eles sempre ensinam algo que vai ser útil no futuro, não só no grupo escoteiro, mas na vida também.
A mãe do menino, Caroline Aparecida Vargas de Campos, conta que ter um grupo que pudesse ajudar no desenvolvimento do seu filho era um desejo, e que achou nos escoteiros esse lugar de acolhimento e aprendizagem:
_ Como estávamos saindo da pandemia, eu queria que ele se envolvesse em alguma atividade que fosse interessante para o aprendizado dele. E foi aí que surgiu os escoteiros.
Homenagem ao 14-bis
Os grupos escoteiros do Brasil são divididos em três modalidades: ar, que desenvolvem as práticas de aeromodelismo e esportes aéreos; mar, que trabalha atividades realizadas na água; e básica, que tem uma formação fundamentada no montanhismo, excursionismo e campismo.
O grupo de Canoas faz parte da modalidade ar e, por isso, seu nome homenageia o 14-bis, de Santos Dumont. A invenção foi o primeiro avião mais pesado que o ar a decolar sem um propulsor.
Entre as ações desenvolvidas pelo grupo, Rosângela destaca as de cunho social, realizadas para acolher as pessoas que estão passando por alguma dificuldade:
_ O grupo é sobre liderança, iniciativa, prestação de serviços comunitários. Em tudo isso, colocamos o nosso esforço e a nossa colaboração. Aonde estiverem precisando, a gente se move e se presta.
As atividades normais são realizadas, semanalmente, aos sábados, das 13h30min às 17h. Os mutirões de ajuda e os acampamentos são agendados em outros horários no fim de semana.
Como ajudar
/// Para ajudar o 14-bis a reconstruir o telhado de sua sede, Rosângela criou uma vaquinha online que pode ser acessada pelo link bit.ly/vakinhaescoteiros.
/// A meta é que sejam arrecadados R$ 10 mil. Até o momento, 26 pessoas ajudaram e já foram coletados R$ 1.800.
Produção: Elisa Heinski