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Alto fluxo de veículos em maio causou estragos na RS-118 entre Viamão e Alvorada

Motoristas relatavam problemas na estrada antes da enchente, mas situação se agravou depois do período de calamidade. A reportagem de Zero Hora percorreu o trecho entre a RS-040 e a Freeway, rota de entrada e saída da Capital, e observou danos expressivos na pista e acostamentos 

11/07/2024 - 17h52min

Atualizada em: 11/07/2024 - 18h12min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
André Ávila / Agencia RBS
Buracos estão presentes, principalmente, no sentido Viamão-Gravataí.

Buracos, rachaduras e sinalização precária.  Essas são algumas das dificuldades que os motoristas que utilizam a RS-118, no trecho entre a RS-040 e a Freeway, enfrentam. A  rota foi um dos principais caminhos de saída e entrada da Capital durante a enchente de maio. Para os moradores da região, a condição foi agravada pelo aumento do fluxo de veículos, incluindo caminhões pesados, que danificou a rodovia  de pista simples.  

A reportagem do Diário Gaúcho circulou pelo local e verificou a presença de buracos não tão grandes, mas fundos no asfalto, principalmente no sentido de Viamão em direção à Alvorada. Os acostamentos, praticamente intransitáveis nos dois lados da via. Em muitos pontos, a pintura de demarcação do asfalto está gasta e faltam  placas de sinalização de quilometragem.  

Maria Bonfim Lima Alves, 46 anos, é proprietária do Residencial Terapêutico Renascer, em Viamão, às margens da RS-118. Ela mora no local e relata que, com frequência, carros  precisam parar por causa de problemas na estrada, e notou uma piora nas condições depois da enchente.

— A esposa de um paciente estava vindo pelo acostamento, quando foi liberado, e furou dois pneus de uma vez só passando nos buracos. Teve que chamar mecânico,  rebocar, ficou horas em função disso – narra. 

Segundo a servidora pública aposentada Adriana Duarte  Bernardon, 56 anos, um buraco se abriu próximo ao  entroncamento com a  RS-040 durante os dias de calamidade, e a tentativa de conserto realizada pelo  Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer)  durou por pouco tempo.  

Moradora de um condomínio localizado ao lado da RS-118, ela  já costumava evitar a  via por causa do asfalto  irregular. Quando pegou a estrada em direção à Freeway no final de  junho para ir a Gramado, preocupou-se pelas dificuldades que os motoristas que não estão acostumados a andar por aquele caminho iriam encontrar

— De noite não dá para enxergar quase nada, e se chove é pior ainda, porque tapa os buracos. Tem partes do acostamento que não têm nenhuma condição, se acontece alguma coisa não tem onde parar. A gente, que conhece, vem  devagar.  

As moradoras de Viamão lembram bem dos dias em que aquele trecho era uma das únicas formas de acessar a Região Metropolitana de Porto Alegre. O movimento nunca antes visto por ali mudou a rotina em suas casas. 

— Quando precisava sair de carro, já calculava que iria  passar umas quatro ou cinco horas parada no trânsito. Tudo que dava pra fazer de madrugada, eu fazia — cita Maria.  

Adriana saía de casa o mínimo possível durante maio. Além de tentar fugir do engarrafamento, ela já esperava que a  sobrecarga na pista iria piorar as condições da estrada.

Contraponto

Procurado pela reportagem, o Daer confirmou que “as condições atuais do trecho da ERS-118 entre Alvorada e Viamão certamente são resultado do aumento considerável do tráfego durante os bloqueios em outras rodovias ocasionados pela catástrofe climática”.  

O departamento também informou que “tem executado  serviços semanais de manutenção nesse trecho, inclusive após as cheias de abril e maio” e que as “ações terão sequência nas próximas semanas”.

*Produção: Caroline Fraga


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