Em agosto deste ano, o valor da cesta básica em Porto Alegre apresentou uma queda de 3,78% em relação a julho, passando a custar R$ 740,82. Os dados constam no levantamento mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado nesta quinta-feira (5).

No acumulado de janeiro a agosto, a redução foi de 3,35%, e, em um período de 12 meses, o valor recuou 2,60%. A batata foi o item que mais caiu de preço, registrando uma diminuição de quase 30% (-27,42%).

Analisando o mês de agosto, outros sete produtos da cesta básica registraram queda no preço médio: tomate (-18,36%), açúcar (-5,19%), arroz (-3,69%), feijão (-3,17%), leite (-2,35%), carne (-1,77%) e óleo de soja (-1,19%). Em contrapartida, cinco itens ficaram mais caros: banana (9,31%), café (3,83%), pão (1,00%), manteiga (0,69%) e farinha de trigo (0,61%).

No acumulado de 2024, cinco produtos tiveram queda de preço: tomate (-34,41%), feijão (-9,30%), açúcar (-6,73%), carne (-6,15%) e óleo de soja (-1,71%). Por outro lado, oito itens apresentaram alta: leite (22,23%), café (21,35%), arroz (10,68%), banana (9,96%), pão (4,26%), manteiga (3,21%), batata (2,49%) e farinha de trigo (0,92%).

Nos últimos 12 meses, seis itens tiveram redução nos preços: tomate (-33,58%), carne (-9,26%), feijão (-5,33%), óleo de soja (-3,23%), açúcar (-2,97%) e farinha de trigo (-2,22%). Em contraste, sete itens registraram aumento: batata (33,03%), arroz (32,19%), banana (17,81%), café (15,03%), leite (11,69%), manteiga (4,64%) e pão (2,75%).

Horas trabalhadas

Em agosto deste ano, um trabalhador de Porto Alegre remunerado com o salário mínimo de R$ 1.412 precisou trabalhar 115 horas e 26 minutos para adquirir a cesta básica. Em agosto de 2023, com o salário mínimo de R$ 1.320, esse tempo era de 126 horas e 46 minutos, enquanto em julho de 2024, foram necessárias 119 horas e 58 minutos. 

Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o trabalhador comprometeu 56,72% da sua remuneração para comprar a cesta básica em agosto. Em julho, esse percentual era de 58,95%, e em agosto de 2023, 62,29%.

Levantamento nacional

O custo dos alimentos básicos diminuiu em todas as 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre julho e agosto, as maiores quedas foram registradas em Fortaleza (-6,94%), João Pessoa (-4,10%), Goiânia (-4,04%), Porto Alegre (-3,78%), Florianópolis, Natal (-3,38%) e Salvador (-3,28%).

São Paulo teve o maior custo da cesta básica entre as capitais, com o valor de R$ 786,35, seguida por Florianópolis (R$ 756,31), Rio de Janeiro (R$ 745,64) e Porto Alegre (R$ 740,82). Nas regiões Norte e Nordeste, onde a composição da cesta básica é diferente, os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 516,40), Recife (R$ 533,12) e João Pessoa (R$ 548,90).