Medição automática
Régua do Cais Mauá, em Porto Alegre, deve voltar a operar até o final de setembro, diz secretária do Meio Ambiente
Empresa terceirizada foi contratada pelo governo do RS para fazer o serviço; provisoriamente estão sendo utilizados os dados de régua instalada na Usina do Gasômetro
Danificada pela enchente em Porto Alegre no mês de maio, a régua automática do Cais Mauá deve ser recuperada em até 30 dias. A previsão é da secretária estadual do meio ambiente, Marjorie Kauffman. Atualmente, a medição é feita em estrutura provisória instalada na Usina do Gasômetro.
A empresa terceirizada Água e Solo Estudos e Projetos foi contratada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) para fazer a reforma dessa e de outras 11 estações de monitoramento do nível de rios e acumulados de chuva no Estado. A secretária garantiu que a empresa começou nesta segunda-feira (2) o trabalho de diagnóstico dessas unidades que são consideradas prioritárias.
— Já foi iniciado o diagnóstico, vão passar por todas as estações e verificar qual é a situação da rede como um todo. São 160, mas vão reparar imediatamente a nossa rede prioritária, que é a que traz os alertas para eventos críticos — afirma a secretária.
Além de Porto Alegre, as outras estações estão situadas nos municípios de Caraá, Triunfo, Picada Café, Taquara, Alvorada, Glorinha, São Lourenço do Sul, Sinimbu, São Gabriel, Rosário do Sul e Rolante. Algumas delas já careciam de manutenção antes mesmo das cheias.
12 estações que serão recuperadas
Município — Rio — Nome da estação
- Porto Alegre: Rio Jacuí – Cais Mauá C6
- Caraá: Arroio Caraá – Arroio Caraá
- Triunfo: Rio Jacuí – Triunfo
- Picada Café: Rio Cadeia – Picada Café
- Taquara: Rio Paranhana – Foz do Paranhana
- Alvorada: Rio Gravataí – Corsan Alvorada
- Glorinha: Rio Gravataí – Quatro Irmãos Canal Gravataí
- São Lourenço do Sul: Arroio Candombe – Passo do Cadombe
- Sinimbu: Rio Pardinho – Sinimbu Centro
- São Gabriel: Rio Vacacaí – Passo do Rocha
- Rosário do Sul: Rio Ibicuí da Armada – Passo dos Farrapos
- Rolante: Rio Rolante – Alto Rolante
O contrato também prevê um diagnóstico completo de todas as 160 estações de responsabilidade do Estado.
— Essa reavaliação de termos uma empresa que desse esse suporte já ocorria desde os eventos (climáticos) do ano passado. Então, o levantamento vai ocorrer em toda a rede. Acredito que em torno de dois a três meses, eles já consigam nos dar um relatório de todas — estima Marjorie.
A expectativa da secretária é que, a partir das avaliações, seja possível fazer o reparo das outras estações nos próximos meses.
A empresa contratada tem sedes em Porto Alegre e Viamão, na Região Metropolitana. No Rio Grande do Sul, já realizou trabalhos em rios como Jacuí, Camaquã e Santa Maria.
Novos modelos de previsão
A secretária Marjorie Kauffman também afirmou que a equipe técnica da Sema estuda se será necessário reposicionar ou instalar novas estações:
— O mais primordial é que nós também estamos trabalhando com uma modelagem hidrodinâmica nova, que traz uma previsão mais específica do que aquela que nós temos agora no Rio Grande do Sul.
A modelagem hidrodinâmica é um tipo de monitoramento que avalia chuvas e nível de rios, mas também considera outros fatores, como o tipo de terreno e a topografia do local. Dessa forma, é dada uma previsão mais exata de onde a chuva ou inundação poderá chegar e em qual intensidade.
Conforme a secretária, o projeto já foi submetido para avaliação do comitê científico do Plano Rio Grande e deve retornar para a Sema e Defesa Civil estadual na próxima semana.
— As estações funcionando com essa modelagem contratada e com o modelo digital do terreno, vai fazer com que o Rio Grande do Sul tenha resultados muito mais precisos e com maior agilidade. E aí sim a gente vai poder falar de um sistema de previsão, de fato, robusto — conclui.