Metodologias de ensino
Programa busca desenvolver habilidades socioemocionais de alunos de escolas em Alvorada
Chamado de Viver, projeto prevê abordar o uso responsável da tecnologia, prevenção ao bullying, cidadania e saúde emocional. Seis instituições municipais integram a etapa inicial
A prefeitura de Alvorada lançou, em março, o programa Viver, iniciativa que busca aprimorar a educação dos alunos das escolas municipais de Ensino Fundamental (Emefs). Nesta etapa inicial, a iniciativa será realizada em seis instituições. O principal objetivo é preparar os estudantes para além dos métodos tradicionais, focando em atividades que incentivem o desenvolvimento de valores e habilidades socioemocionais.
Com a sigla dos verbos Valorizar, Informar, Vigiar, Estimular e Respeitar, o Viver tem como principais temas abordados o uso responsável da tecnologia, o respeito às diferenças, a prevenção ao bullying, a cidadania e a saúde emocional. Como forma de desenvolver os temas, serão realizadas palestras, rodas de conversa, oficinas de música, teatro e saídas de estudo.
Os encontros ocorrerão às quartas-feiras, nos turnos em que os estudantes estão matriculados, no horário em que ocorre a reunião pedagógica das escolas. Assim, os alunos que estudam pela manhã farão as oficinas das 7h30min às 9h30min. Já aqueles do turno da tarde participarão das atividades entre 15h30min e 17h30min.
O Programa conta com parcerias das secretarias municipais de Saúde, Meio Ambiente, Segurança e Mobilidade Urbana, Esporte, Cultura e Juventude, entre outras instituições.
Novo modelo
Inicialmente, as turmas contempladas no programa são do 5º ano e do 9º ano de seis Emefs, com acompanhamento pedagógico e testes para possíveis ajustes. Antônio de Godoy, Cecília Meireles, Elisardo Duarte Neto, Frederico Dihl, Leonel de Moura Brizola e Padre Léo Seidel serão as escolas-piloto.
Em 26 de março, ocorreram as primeiras oficinas do Viver na Escola Municipal Frederico Dihl, que conta com mais de 500 alunos. As oficinas de música e esporte reuniram estudantes para atividades ao ar livre, comandadas pelo professor Guilherme Neto, e conhecimentos sobre a dança do maracatu, ministrada pela professora Mariana Ribeiro.
Para o professor, a iniciativa irá desenvolver valores para que os jovens se tornem futuros cidadãos responsáveis. Além de destacar o valor que o programa traz.
— É gratificante poder mostrar outras realidades de esporte para as crianças, que acabam praticando apenas futebol e vôlei — observa Guilherme.

A aluna Andressa Padilha, 15 anos, está no 9° ano e participou da oficina de dança realizada pelo projeto. Para ela, a experiência foi muito interessante:
— É muito diferente do que já vi. Por isso, estou com muita expectativa e entendi que posso levar (a dança) para a vida como profissão ou divertimento.
Pertencimento
Diretora há nove anos da Emef Frederico Dihl, Rita de Cássia De Latorre Silva avalia que o programa irá auxiliar no desenvolvimento de novas habilidades dos alunos, possibilitando que eles trabalhem com diferentes percepções:
– Vai ser muito benéfico, percebemos que atividades ao ar livre proporcionam uma concentração maior dentro da sala de aula.
E ainda ressalta:
— Vai ajudar muito a desenvolver responsabilidade para o mercado de trabalho, a ter objetivos e a conseguirem traçar estratégias para o futuro.
O secretário municipal de Educação, Italo Mainieri, destacou a importância desse movimento:
— Para que as crianças e os jovens possam desenvolver outros componentes cognitivos, a parte emocional é muito importante. Assim, eles se sentem mais pertencentes na escola.

Segundo o secretário, essas atividades fazem parte do currículo “oculto”, que visa trazer outras formas de aprendizado para os adolescentes, focando no emocional.
Para desenvolver as atividades e oficinas propostas, os colaboradores foram escolhidos de maneira voluntária, desde que já estejam inseridos no cenário educacional. Dentro do Programa Viver, a disciplina Projeto de Vida, que é ofertada somente a partir do 1° ano do Ensino Médio, já será abordada no 9° ano.
— A ideia é ampliar o programa a partir do segundo semestre. Com mais colaboradores, conseguimos alcançar mais escolas —enfatiza o secretário.
Produção: Ana Júlia Santos