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Metodologias de ensino

Programa busca desenvolver habilidades socioemocionais de alunos de escolas em Alvorada

Chamado de Viver, projeto prevê abordar o uso responsável da tecnologia, prevenção ao bullying, cidadania e saúde emocional. Seis instituições municipais integram a etapa inicial

20/04/2025 - 21h17min

Atualizada em: 20/04/2025 - 21h17min


Zero Hora
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A prefeitura de Alvorada lançou, em março, o programa Viver, iniciativa que busca aprimorar a educação dos alunos das escolas municipais de Ensino Fundamental (Emefs). Nesta etapa inicial, a iniciativa será realizada em seis instituições. O principal objetivo é preparar os estudantes para além dos métodos tradicionais, focando em atividades que incentivem o desenvolvimento de valores e habilidades socioemocionais

Com a sigla dos verbos Valorizar, Informar, Vigiar, Estimular e Respeitar, o Viver tem como principais temas abordados o uso responsável da tecnologia, o respeito às diferenças, a prevenção ao bullying, a cidadania e a saúde emocional. Como forma de desenvolver os temas, serão realizadas palestras, rodas de conversa, oficinas de música, teatro e saídas de estudo. 

Os encontros ocorrerão às quartas-feiras, nos turnos em que os estudantes estão matriculados, no horário em que ocorre a reunião pedagógica das escolas. Assim, os alunos que estudam pela manhã farão as oficinas das 7h30min às 9h30min. Já aqueles do turno da tarde participarão das atividades entre 15h30min e 17h30min.

O Programa conta com parcerias das secretarias municipais de Saúde, Meio Ambiente, Segurança e Mobilidade Urbana, Esporte, Cultura e Juventude, entre outras instituições. 

Novo modelo

Inicialmente, as turmas contempladas no programa são do 5º ano e do 9º ano de seis Emefs, com acompanhamento pedagógico e testes para possíveis ajustes. Antônio de Godoy, Cecília Meireles, Elisardo Duarte Neto, Frederico Dihl, Leonel de Moura Brizola e Padre Léo Seidel serão as escolas-piloto. 

Em 26 de março, ocorreram as primeiras oficinas do Viver na Escola Municipal Frederico Dihl, que conta com mais de 500 alunos. As oficinas de música e esporte reuniram estudantes para atividades ao ar livre, comandadas pelo professor Guilherme Neto, e conhecimentos sobre a dança do maracatu, ministrada pela professora Mariana Ribeiro.

Para o professor, a iniciativa irá desenvolver valores para que os jovens se tornem futuros cidadãos responsáveis. Além de destacar o valor que o programa traz. 

— É gratificante poder mostrar outras realidades de esporte para as crianças, que acabam praticando apenas futebol e vôlei — observa Guilherme.

André Ávila/Agencia RBS
O professor Guilherme desenvolvendo a oficina de esporte.

A aluna Andressa Padilha, 15 anos, está no 9° ano e participou da oficina de dança realizada pelo projeto. Para ela, a experiência foi muito interessante: 

— É muito diferente do que já vi. Por isso, estou com muita expectativa e entendi que posso levar (a dança) para a vida como profissão ou divertimento.

Pertencimento

Diretora há nove anos da Emef Frederico Dihl, Rita de Cássia De Latorre Silva avalia que o programa irá auxiliar no desenvolvimento de novas habilidades dos alunos, possibilitando que eles trabalhem com diferentes percepções:

– Vai ser muito benéfico, percebemos que atividades ao ar livre proporcionam uma concentração maior dentro da sala de aula.

E ainda ressalta:

— Vai ajudar muito a desenvolver responsabilidade para o mercado de trabalho, a ter objetivos e a conseguirem traçar estratégias para o futuro.

O secretário municipal de Educação, Italo Mainieri, destacou a importância desse movimento:

— Para que as crianças e os jovens possam desenvolver outros componentes cognitivos, a parte emocional é muito importante. Assim, eles se sentem mais pertencentes na escola.

André Ávila/Agencia RBS
A ideia é ampliar o programa para outras escolas a partir do segundo semestre.

Segundo o secretário, essas atividades fazem parte do currículo “oculto”, que visa trazer outras formas de aprendizado para os adolescentes, focando no emocional.

Para desenvolver as atividades e oficinas propostas, os colaboradores foram escolhidos de maneira voluntária, desde que já estejam inseridos no cenário educacional. Dentro do Programa Viver, a disciplina Projeto de Vida, que é ofertada somente a partir do 1° ano do Ensino Médio, já será abordada no 9° ano.

— A ideia é ampliar o programa a partir do segundo semestre. Com mais colaboradores, conseguimos alcançar mais escolas —enfatiza o secretário.

Produção: Ana Júlia Santos


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