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Outubro Rosa: sinais e modo de prevenção 

Campanha reforça a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico no combate ao câncer de mama.

10/10/2025 - 15h21min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
LIGHTFIELD STUDIOS/stock.adobe.com
São registrados mais de 73 mil casos anualmente.

O mês de outubro é destinado à campanha de prevenção do câncer de mama, que é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil – com mais de 73 mil novos casos registrados por ano, segundo o Ministério da Saúde.

O Outubro Rosa ficou conhecido como um movimento internacional que utiliza campanhas para prevenir e conscientizar sobre o controle da doença, desde 1999. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) participa desde 2010 e promove eventos técnicos, debates e apresentações sobre o assunto no Brasil.

Entre as campanhas, são divulgadas as formas de procurar ajuda, o autoexame e como entender as redes de apoio nas áreas da saúde para a prevenção. 

A professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e médica oncologista Daniela Dornelles Rosa conversou com a coluna Tua Saúde sobre o câncer de mama, destacando fatores de risco, sintomas e tratamento para a doença.

Causas e Fatores de Risco

Segundo a especialista, o câncer é definido como uma “proliferação excessiva de células”. Esse mecanismo pode ocorrer em células de qualquer tecido ou órgão e, no caso do câncer de mama, ocorre nas células da mama.

As causas variam, mas Daniela enfatiza que o principal fator de risco é a exposição das mamas aos hormônios femininos, sendo eles o principal estímulo para o desenvolvimento do câncer.

Ela ainda revela que os fatores hereditários não respondem por 10% dos casos:

– Em sua maioria, o desenvolvimento da doença é resultado da soma do estímulo hormonal com os demais fatores de risco adquiridos ao longo da vida.

Principais sintomas

/// Obesidade/sobrepeso

/// Sedentarismo

/// Excesso de álcool

/// Fazer uso de reposição hormonal na menopausa por um longo período

/// Histórico familiar: nesse tópico, a médica ressalta que ter parentes com câncer de mama ou outros tipos de câncer pode indicar uma tendência familiar a desenvolver a doença.

Diagnóstico e Pós-diagnóstico

O diagnóstico do câncer de mama envolve tanto o rastreamento, para a detecção precoce em pacientes assintomáticas, quanto a confirmação da doença após a suspeita clínica.

A médica indica que o rastreamento ideal seja realizado ainda sem a presença de sintomas. E o exame indicado para isso é a mamografia para mulheres a partir dos 40 anos. 

Para as mulheres abaixo dos 40 anos, não são recomendados exames de imagem como rotina. Contudo, é importante que elas mantenham visitas anuais ao ginecologista para a realização de exames preventivos.

Para a confirmação do diagnóstico, ainda é realizada uma biópsia da mama, com exame anatomopatológico e imunohistoquímica – outro exame realizado na mesma biópsia que irá determinar o tipo de câncer de mama que a paciente possui. 

Após o diagnóstico confirmado, é imprescindível que a paciente seja encaminhada para o tratamento oncológico. O tratamento é geralmente conduzido pelo médico mastologista em parceria com o oncologista clínico.

Daniela ressalta a importância de o tratamento ser conduzido por meio de uma equipe multidisciplinar – que acompanha a paciente e auxilia durante toda a trajetória do tratamento. Todo o tratamento oncológico está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

Outros exames complementares 

/// Ultrassonografia das mamas

/// Ressonância magnética das mamas

/// Demais exames: dependendo do estágio, serão solicitados raio X ou tomografia computadorizada de tórax, ultrassonografia ou tomografia computadorizada de abdômen e cintilografia óssea.

Sintomas a serem observados

A especialista comenta que o ideal para esse tipo de câncer é que seja diagnosticado com antecedência.

O principal sinal observado costuma ser um nódulo na mama. Uma vez ao mês, é recomendado que seja realizado um autoexame – método que consiste na palpação das mamas pela própria paciente.

Porém, a profissional comenta que a realização do autoexame funciona como medida para o autoconhecimento, mas não substitui o exame clínico:

– Isso ocorre porque a mama, especialmente em jovens, é muito difícil de palpar por uma pessoa não treinada. A responsabilidade é procurar ajuda sempre que houver suspeita e ir ao ginecologista regularmente.

Previna-se

Outros sinais que devem levar à procura de um profissional da saúde incluem:

/// Mama avermelhada

/// Alterações no bico do peito

/// Secreção ou sangramento no mamilo

/// Coceira no mamilo


*Produção: Josyane Cardozo


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