Imagine a seguinte cena. Estamos no meio de uma forte cerração, onde não se enxerga um palmo à frente. Por isso, é impossível fazer uma aposta definitiva de como será organizado o calendário do futebol brasileiro após a parada pela pandemia de coronavírus. O máximo que podemos fazer é projetar algumas possibilidades com base no que sabemos. 

A liberação definitiva da bola rolando só vai acontecer depois do aval das instituições sanitárias do país. A saúde das pessoas tem de estar sempre em primeiro lugar, acima de tudo. De todas as competições da temporada, pelo que já foi disputado, os estaduais estão mais próximos do término. A principal vantagem para os regionais serem retomados é que todos são disputados em uma área geográfica mais restrita, com deslocamentos menores.

LIBERTADORES EM RISCO

De todas as competições, a Libertadores é aquela mais difícil de ser retomada. No cenário atual, todas as fronteiras da América estão fechadas. Para o torneio voltar a ser disputado é preciso a liberação para as delegações viajarem de um canto a outro do continente. Cada país vive uma realidade específica em meio a pandemia. Enquanto na Argentina e Chile a situação parece estar sob controle, no Equador, Venezuela e Peru o caos está instalado. 

Complicado ver no horizonte uma solução a curto prazo. Também não é algo tão simples ver o Brasileirão em ação nas próximas semanas. A evolução da doença em cada Estado é diferente. Por exemplo, em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, onde estão mais da metade dos times da série A, a situação ainda está longe do controle. É preciso ter paciência.