Polícia



Litoral Norte

Decretada prisão de suspeita de aplicar silicone industrial em mulher trans que morreu em Capão da Canoa

Ainda foragida da polícia, Bruna Belém já teria causado a morte de outras duas pessoas em 2018

27/03/2025 - 10h51min

Atualizada em: 27/03/2025 - 10h53min


Lisielle Zanchettin
Lisielle Zanchettin
Enviar E-mail
Divulgação/Polícia Civil
Câmeras de segurança flagraram o momento em que a suspeita deixou o local do ocorrido.

A Polícia Civil decretou a prisão preventiva da suspeita de aplicar silicone industrial na mulher trans Karoline Vinha Velsques, de 56 anos. A vítima morreu no último domingo (23), após fazer o procedimento em Capão da Canoa, no Litoral Norte. 

O nome da suspeita não foi divulgado, mas a reportagem de Zero Hora apurou que se trata de Bruna Belém da Barra. Ela segue foragida.

A suspeita de ter aplicado o silicone industrial já teria causado a morte de outras duas pessoas no Rio Grande do Sul, no ano de 2018. Em todos os casos, o óbito teria ocorrido em decorrência da aplicação do produto, não indicado para finalidade estética.

Karoline buscou o procedimento com Bruna em Porto Alegre e a levou até apartamento no Litoral Norte, onde a aplicação do silicone foi realizada. 

Uma amiga que acompanhou Karoline em Capão da Canoa relatou que, quando a situação se agravou, antes da chegada do socorro, a suspeita teria recolhido o material e deixado o local.

O advogado de Bruna, João Miguel Pereira Ramos, disse que solicitou acesso ao inquérito policial, mas que ainda não foi liberado. Afirma ainda que a falta de conhecimento das provas e documentos torna inviável a defesa da suspeita, contudo, está à disposição das autoridades para esclarecer os fatos.

Entenda o caso

Karoline Vinhas Velasques, de 56 anos,  morreu após a aplicação de silicone industrial nas nádegas, no domingo (23), em Capão da Canoa, no Litoral Norte, durante um procedimento estético realizado de forma caseira.

A suspeita de ter feito o procedimento clandestino fugiu do local ao perceber que a vítima passava mal e segue foragida da polícia.

A vítima buscou a suspeita, que também é uma mulher trans, em Porto Alegre, e a levou até o apartamento no Litoral Norte, onde o procedimento foi realizado. Uma amiga acompanhou a aplicação e relatou que, quando a situação se agravou, antes da chegada do socorro, a suspeita teria recolhido o material e deixado o local.

A polícia investiga o caso como homicídio doloso – quando há intenção de matar – e exercício ilegal da medicina.


MAIS SOBRE

Últimas Notícias