Economia ativa
14% dos brasileiros com mais de 70 anos continuam trabalhando, revela pesquisa
Estudo revelou ainda que um dos maiores desafios da terceira idade é continuar economicamente ativo
O Brasil possui, atualmente, 26,1 milhões de pessoas com mais de 60 anos, o que representa 13% da população brasileira. Segundo a Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios - Pnad, divulgada em 2014, o sul do país é a região com maior número de idosos (4,1 milhões de pessoas). Um estudo feito pela Zhuo Consultoria e Giacometti Comunicação divulgada nesta terça revelou que 14% dos brasileiros com mais de 70 anos continuam trabalhando.
A pesquisa "O Brasil envelhece" mostrou que com a taxa de natalidade diminuindo e a expectativa de vida aumentando, cresce a demanda da Previdência, de um lado, e diminui a população ativa economicamente. Em contraponto, os idosos de hoje estão cada vez mais se distanciando do perfil tradicional e estão aceitando os desafios de envelhecer nessa década. Eles estão se tornando empreendedores, entrando nas universidades, mudando de profissão e procurando mais qualidade de vida, indicou o estudo.
Não se considerar idoso aumenta as chances de felicidade, diz pesquisa
Aumento da expectativa de vida reduz valor da aposentadoria no país
Ajudar os filhos financeiramente é um dos desejos da terceira idade, diz pesquisa
O maior índice de trabalhadores com mais de 70 anos está em São Paulo, onde 20% da população idosa se mantém ativa no mercado. Porto Alegre e Recife mantém os menores índices, com 7% cada. Dos entrevistados que continuam trabalhando, 60% apontaram que gostam do que fazem; 53% acreditam que a remuneração é boa; e 13% afirmam que conhecer pessoas diferentes no trabalho aumenta o nível de satisfação.
- No Brasil, a taxa de 27% de analfabetos funcionais, com ênfase entre os idosos, faz com que o retorno ao ambiente corporativo fique comprometido, diferente do que ocorre em países orientais que já registram esse movimento - destaca Dennis Giacometti, coordenador da pesquisa.
A pesquisa também entrevistou adultos entre 20 e 59 anos sobre o que pensam em fazer quando envelhecerem: