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Redes sociais melhoram o bem-estar e combatem isolamento da terceira idade
Competência para conversar nas redes sociais tem impacto positivo sobre a saúde de idosos, diz pesquisa
Treinar as pessoas mais velhas para usarem as mídias sociais melhora a capacidade cognitiva, aumenta a sensação de auto-competência e pode ter um grande impacto positivo sobre a saúde mental e o bem-estar da terceira idade. É o que diz um estudo da Universidade de Exeter, no Reino Unido.
A pesquisa foi realizada nos últimos dois anos com um grupo de idosos. Eles tiveram acesso a um computador com conexão banda larga e alguns foram formados sobre como usar os equipamentos. Aqueles que receberam o treinamento passaram, ao longo do tempo, a buscar informações sobre como usar o Skype e criar um e-mail.
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O envelhecimento da população é um dos principais desafios enfrentados pela sociedade atual. A projeção é de que até 2060 o número de pessoas com mais de 65 ano em toda Europa, por exemplo, represente quase 30% da população total. No projeto intitulado Ages 2.0, os idosos foram avaliados em relação ao uso da internet e das mídias sociais. Os pesquisadores perceberam que, aqueles que aprenderam a usar esses meios, tinham um envelhecimento mais ativo e isolaram-se cada vez menos.
Os idosos também relataram se sentirem mais competentes, com mais vontade de se envolver em atividades sociais, passaram a ter um forte senso de identidade social e apresentaram melhor capacidade cognitiva.
- Percebemos que as conexões sociais são importantes para a saúde cognitiva e física dos idosos. As pessoas que se isolam ou experimentam a solidão são mais vulneráveis a doenças e sentem mais os sinais do envelhecimento. Apoiar as conexões sociais das pessoas mais velhas é um dos nossos objetivos. Este estudo mostra como a tecnologia pode ser útil, pois traz benefícios para a saúde e bem-estar da terceira idade - disse Thomas Morton, líder do projeto.
A pesquisa contou com 76 participantes com idades entre 60 e 95 anos.