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Colômbia registra mais de 22 mil casos de zika

Apenas nas quatro primeiras semanas de 2016, quase 11 mil pessoas foram contaminadas no país

06/02/2016 - 20h01min

Atualizada em: 07/03/2016 - 18h18min


AFP
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A Colômbia registra 22.612 infectados pelo vírus zika, entre eles 2.824 grávidas, além do forte aumento de Guillain-Barré, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelo Instituto Nacional de Saúde neste sábado, com dados de até 30 de janeiro.

Segundo os dados oficiais, a síndrome de Guillain-Barré está relacionada a três mortes por causas associadas ao zika, que afeta grande parte da América Latina.

– Os casos da síndrome de Guillain-Barré, diante do número de casos que se tinha anteriormente, registraram um aumento de 66% – disse o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, em um evento, sem mencionar os mortos com antecedentes de zika e de Guillain-Barré confirmados na véspera pelo Ministério da Saúde.

– Em relação a casos de bebês nascidos com microcefalia de mulheres que tiveram zika, não se apresentou nenhum único caso – acrescentou Santos.

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Apenas nas quatro primeiras semanas de 2016, quase 11 mil pessoas foram contaminadas na Colômbia, o segundo país mais afetado pelo vírus depois do Brasil.

Na sexta-feira, o Instituto Nacional de Saúde confirmou as três primeiras mortes associadas ao zika no país.

Embora, em geral, os sintomas do zika sejam leves – febre baixa, dor de cabeça e articular e erupções na pele –, suspeita-se de que as grávidas possam ter bebês com microcefalia, uma doença congênita irreversível que provoca danos irreparáveis no desenvolvimento motor e cognitivo da criança.

O vírus zika está presente em 205 municípios da Colômbia, 43% deles na região central do país e 20,9% no Caribe, onde se comemora nesta semana o carnaval de Barranquilla.

O departamento de Barranquilla registrou na última semana de janeiro 2.389 casos.

Dos casos notificados, 1.331 foram confirmados por laboratório e 21.281 por sintomas dos pacientes em clínicas. Há também 3.033 casos suspeitos em todo o país.

Entre as grávidas, 330 têm resultados positivos de laboratório. As mulheres concentram 64,8% dos casos.

Na sexta-feira, a ONU pediu que se autorize o aborto em países afetados pelo zika. Já as autoridades colombianas recomendaram aos casais em janeiro que adiem a gravidez entre seis e oito meses.

O zika é transmitido pelo mosquitoAedes aegypti, que também transmite dengue, febre amarela e chikungunya.

Na Colômbia, a previsão é de que haja mais de 600 mil infectados pelo vírus este ano e 500 casos de microcefalia, caso se repita a situação vivida no Brasil, o país mais afetado por esta epidemia, com mais de um milhão e meio de casos.

O vírus se expandirá por todo o continente americano, exceto Canadá e Chile, advertiu a Organização Mundial de Saúde (OMS).


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