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Ministério da Saúde faz mapeamento de assistência a bebês com microcefalia

Objetivo é verificar se os pacientes passaram por exames de diagnóstico e iniciaram a estimulação precoce

29/02/2016 - 15h30min

Atualizada em: 29/02/2016 - 15h53min


Desde 22 de fevereiro, o Ministério da Saúde está mapeando as condições de atendimento de bebês nascidos com microcefalia em todo o Brasil. Ao todo, 180 atendentes capacitados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estão entrando em contato com familiares das crianças com o objetivo de identificar os exames já realizados, o efetivo acompanhamento nas redes de Atenção Básica e Especializada, além do início da estimulação precoce e da reabilitação.

– O contato com as famílias vai detalhar o panorama do acesso dos bebês aos serviços de assistência à saúde. Essas informações vão apoiar o Ministério da Saúde a auxiliar os estados para a qualificação dos seus fluxos de atendimento, englobando o diagnóstico, a estimulação e o acompanhamento nas unidades de saúde – explica o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame.

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Serão contemplados todos os bebês cujos casos tiveram notificação de microcefalia, independentemente da malformação ter sido confirmada ou continuar em investigação. A estratégia visa à identificação do estágio da assistência à saúde de cada criança, além de oferecer apoio aos estados e municípios na organização dos fluxos de atendimento, a partir da elaboração de relatórios.

Durante as entrevistas, os atendentes do serviço de Ouvidoria (136) do Ministério da Saúde abordam sobre os procedimentos clínicos e laboratoriais orientados no Protocolo de Atenção à Saúde e nas Diretrizes de Estimulação Precoce, como a realização da triagem neonatal (testes do pezinho, orelhinha e olhinho) e dos exames de ultrassonografia transfontanela e tomografia. Também são feitas perguntas sobre o atendimento das crianças nos serviços de estimulação precoce, processo que busca extrair o maior potencial do bebê, especialmente entre 0 e 3 anos – principal período de desenvolvimento cerebral. Outra abordagem é o acompanhamento do bebê, tanto na Atenção Básica quanto na Atenção Especializada, em centros de reabilitação.

A previsão é que o contato com os familiares de bebês da região Nordeste seja concluído até 10 de março. Em seguida, será iniciado o levantamento em demais Estados, com expectativa de conclusão até o final de março. A ação será contínua, fazendo com que os familiares de novos casos sejam consultados à medida ocorram novas notificações.

O último Informe Epidemiológico de Microcefalia, divulgado em 23 de fevereiro, aponta que 4.107 casos suspeitos de microcefalia sendo investigados. Até agora, 583 foram confirmados, com 67 relacionados ao zika.

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