Saúde
Caminhadas leves podem reduzir efeito colateral comum na quimioterapia
Segundo estudo, pacientes que realizam o exercício apresentam melhora na neuropatia, problema gerado pelo tratamento e que causa dores
Uma pesquisa realizada no Instituto do Câncer da Universidade Rochester Wilmot, nos Estados Unidos, descobriu que atividades físicas podem reduzir as dores nos pés e mãos – um problema muito comum entre quem está passando por tratamento com quimioterapia e chamado de neuropatia.
O estudo foi feito com 300 pacientes com câncer, que foram divididos em dois grupos: um não tinha atividades físicas na rotina e o outro realizou, durante seis semanas, um treinamento de caminhada leve. Ao fim do período, os pesquisadores examinaram os participantes e identificaram que quem se exercitou durante o tratamento com quimioterapia teve os sintomas de neuropatia significativamente reduzidos.
– Os benefícios pareceram ser ainda maiores nos pacientes idosos – explicou o autor do estudo, Ian Kleckner, biofísico e professor de controle do câncer.
Pelo estudo, o pesquisador recebeu um importante prêmio na American Society of Clinical Oncology (Asco) e foi convidado para dar uma palestra sobre o trabalho no encontro anual da instituição.
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A neuropatia gera efeitos como queimação, formigamento, dormência e sensibilidade ao frio. Até hoje, não foi desenvolvido algum medicamento capaz de prevenir ou tratar o problema induzido por alguns tipos de quimioterapia.
Kleckner afirmou que está empenhado em compreender ainda mais os benefícios do exercícios para quem têm câncer:
– Atividades físicas afeta caminhos biológicos e psicossociais ao mesmo tempo. Seus efeitos passam por circuitos cerebrais, inflamações e até por interações sociais, enquanto drogas têm um alvo específico. Nosso próximo estudo é sobre os efeitos dos exercícios no cérebro e no corpo do paciente diagnosticado com câncer.