Economia



Alta tecnologia

Confira a fabricação dos motores do Onix e do Prisma na GM de Joinville

Todas as fases produtivas são monitoradas em tempo real e à distância

20/03/2015 - 19h20min

Atualizada em: 20/03/2015 - 19h20min


Rodrigo Philipps / Agencia RBS
Teste a frio é silencioso e não usa combustível, deixando o ronco do motor na saudade

Os tempos do Chevette e do Monza, carros de grande sucesso da General Motors nas décadas de 1980 e 1990, ficaram definitivamente para trás. O processo de fabricação de automóveis mudou muito desde então.

A fábrica onde são feitos os motores das linhas Prisma e Onix, em Joinville, chama a atenção pela tecnologia inserida em todas as fases do processo de usinagem do cabeçote e da montagem do motor.

Cada movimento é controlado por softwares e o status de todas as fases produtivas pode ser conferido em tempo real em um painel eletrônico e também a distância, via wi-fi.

Confira a produção dos motores do Onix e do Prisma na GM de Joinville


VÍDEO: Acompanhe a produção dos motores da GM em Joinville



O avanço tecnológico também propiciou tolerâncias cada vez mais apertadas nas dimensões das peças, resultando em carros mais confiáveis.

O gerente da fábrica, Luiz Fernando Duccini, explica que, para manter as tolerâncias rígidas no processo de usinagem do cabeçote, todo o galpão industrial da fábrica da GM de Joinville tem temperatura e umidade controladas.

Na primeira matéria da série Por Dentro das Empresas de 2015, a equipe de reportagem conferiu de perto o parque industrial de Joinville, no km 46 da BR-101.  Nesta fábrica silenciosa e bem iluminada, a GM produz motores 1.0 e 1.4 litro e cabeçotes de alumínio para os modelos Chevrolet Onix e Prisma.

Sem erros e acidentes

A gestão prima pelo zero acidente e erro zero. A planta de Joinville completou dois anos de atividades no dia 27 de fevereiro deste ano e registrou cinco acidentes desde o início da operação. Mas a meta de zerar as ocorrências é perseguida todos os dias e em todas as ações.

- O mais difícil é a cultura. Não importa se a pessoa escorregou e não caiu. Tem que reportar e, fazendo isso, podemos identificar a causa - diz Luiz Fernando Duccini.

Os trabalhadores não carregam peso e não se afastam muito do posto de trabalho. Até o refeitório fica a poucos metros da linha de produção. A flexibilidade encontrada na produção também está presente na gestão.

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Focada em manufatura, a planta tem uma estrutura enxuta. Não há o cargo de inspetor. O operador pode alimentar a máquina, dimensionar e testar o motor. Todos têm o mesmo cargo. Desta forma, a empresa consegue transferir as pessoas de lugar com mais facilidade.

- Os profissionais não querem mais fazer a mesma atividade a vida toda. E quando tenho oportunidade de promoção, avalio todos como potenciais candidatos - diz Duccini.

Na manutenção, a GM prefere um profissional de mecatrônica para realizar tanto a manutenção elétrica quanto mecânica. O profissional é mais difícil de achar e ganha mais, mas o retorno, segundo o gerente, é maior porque o profissional tem a visão do todo. O tempo de reparo também é menor. Somente a unidade de Joinville utiliza esse formato.

- Como esta fábrica é pequena comparada às demais da GM, torna-se mais fácil quebrar paradigmas, experimentar tecnologias e inovações em sustentabilidade - afirma o gerente.

O vice-presidente da GM no Brasil, Marcos Munhoz, diz que a empresa investiu em tecnologias que tornaram a fábrica de Joinville a mais sustentável da GM no mundo.

Sobre a GM

Início da operação em Joinville: 27 de fevereiro de 2013. No Brasil, a GM fabrica e comercializa veículos com a marca Chevrolet há 90 anos.

Investimento: R$ 350 milhões.

Número de funcionários: 214.

Produção acumulada desde a inauguração: 110 mil motores.

Fábrica: área total de 500 mil m², sendo 200 mil m² área de preservação ambiental.


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