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Quem são as seis vítimas do acidente de ônibus em Glorinha
Corpos de vítimas são velados em Santo Antônio da Patrulha e Gravataí
As seis vítimas do acidente com o ônibus da Unesul que tombou na ERS-030, em Glorinha, nesta terça-feira, serão veladas e sepultadas nesta quarta-feira em Gravataí e Santo Antônio da Patrulha. Até as 9h30min desta quarta, 15 feridos no acidente continuavam internados em hospitais da Região Metropolitana.
Quem são as vítimas
João Batista Santos de Almeida, 52 anos
João Batista Santos de Almeida, 52 anos, era passageiro assíduo das linhas de ônibus que ligam sua cidade, Gravataí, ao Litoral. Dono de uma oficina de conserto de máquina de costura e fogão a gás, ele circulava de cidade em cidade prestando atendimento a domicílio. Na tarde desta terça-feira, os serviços de Almeida haviam sido solicitados em Glorinha. Como não tinha carro, nem carteira de motorista, tomou mais uma vez o coletivo e acabou sendo uma das seis vítimas
Almeida nasceu em Alegrete, em uma família de sete irmãos. Viúvo, casou-se novamente há cerca de oito anos e não teve filhos. De acordo com o irmão Nelson Santos de Almeida, 35 anos, era um homem reconhecido por sua "humildade e solidariedade".
- Era um grande irmão, um exemplo para todos nós. Ajudava todo mundo e estava sempre rindo, sempre contente, cheio de sonhos e pensando no futuro.
O último encontro entre eles havia sido na noite anterior. João Batista visitava Nelson diariamente. A família estranhou sua ausência nesta terça. Quando soube do acidente, Nelson passou a percorrer delegacias e hospitais em busca de informações sobre o irmão. Por volta das 2h, chegou ao Departamento Médico Legal (DML) de Porto Alegre e foi informado de que havia um corpo ainda não identificado. Almeida estava sem documentos e foi reconhecido por Nelson. O velório será realizado na Capela Municipal de Gravataí.
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Nair dos Santos Silva, 69 anos, e Priscila Silva Barbosa, 28 anos
Nair dos Santos Silva, 69 anos, havia perdido um filho na mesma estrada há cerca de quatro anos. Matusalém da Silva Martins, 46 anos, foi vítima de uma colisão entre carro e caminhonete em maio de 2011. O acidente ocorreu no km 48 da rodovia, a quase 30 quilômetros do ponto onde o ônibus da Unesul tombou.
A mulher pegou o coletivo na companhia de uma das filhas, Priscila Silva Barbosa, 28 anos, que também morreu no local. De acordo com Márcio Alves Silva, sobrinho de Nair, elas viajavam para Gravataí, onde costumavam fazer compras, e retornariam no mesmo dia para Santo Antônio da Patrulha, cidade em que moravam.
Nair era viúva, dona de casa e teve cinco filhos - dos quais, apenas dois estão vivos.
Priscila era a filha caçula e, segundo Márcio, tinha dificuldades de aprendizagem:
- A Priscila foi uma criança especial, não conseguiu dar continuidade aos estudos e dependia da mãe para viver. Em função disso, a Nair não saía muito de casa. Era uma mãe zelosa, que dedicou a vida para criar os seus filhos. E agora, sua neta, porque Priscila tinha uma filha de 8 anos, que havia ficado com uma tia na tarde de terça.
De acordo com a funerária Santa Rita, o velório de Nair e Priscila deve ocorrer a partir do início desta tarde na capela lateral do Cemitério Municipal de Santo Antônio da Patrulha.
Carmem Maria Geralda dos Santos, 57 anos
Carmem Maria Geralda dos Santos, 57 anos, era enfermeira aposentada e será lembrada por sua família pela dedicação com todos que a cercavam. Natural de Santo Antônio da Patrulha Carmem dedicou sua carreira a pacientes dos hospitais da cidade natal e também de Osório, ambos no Litoral Norte. Ela deixa uma filha, enteados, quatro netos e um bisneto.
- Ela era uma pessoa muito humana, sempre estava ajudando, nunca colocava empecilhos. A gente sempre se recordará dela como uma pessoa que gostava de ajudar - conta o enteado João Batista Soares de Souza, 42 anos.
Carmem era solteira, morava sozinha em Santo Antônio da Patrulha e estava trabalhando em uma clínica geriátrica da cidade. Na tarde desta terça, ela retornava de Porto Alegre, onde tinha uma consulta médica. O velório ocorre na capela do Cemitério Municipal de Santo Antônio da Patrulha e o enterro está previsto para as 15h desta quarta.
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Irma Maria Christ, 81 anos
Com mais de 60 anos dedicados à religiosidade pela Congregação das Irmãs Escolares de Nossa Senhora, Irma Maria Christ,81 anos, era reconhecida pelo trabalho com crianças. Embora tenha nascido em Feliz, morou quase toda a vida em Santo Antônio da Patrulha, onde trabalhava na Pastoral da Criança.
Segundo a madre superiora provincial da América Latina e Caribe, irmã Cecília Martinello, Irma retornava de uma visita à sede da congregação quando sofreu o acidente. Ela estava acompanhada de uma outra freira que, por estar usando cinto de segurança, não se feriu no tombamento do ônibus que as levaria de volta a Santo Antônio da Patrulha. O velório ocorre na Igreja Matriz de Santo Antônio da Patrulha e o enterro está previsto para as 16h, após a missa de corpo presente, celebrada na igreja.
Teresinha Antonia Augustin, 52 anos
Teresinha Antonia Augustin, 52 anos, voltava de uma consulta médica de Gravataí. De acordo com familiares, ela trabalhava na empresa de embalagens Fada, de Glorinha, e deixa o marido e três filhas. Conforme informações da Rádio Gaúcha, Teresinha estava ao telefone com o irmão no momento do acidente.
- Ela me atendeu e nem deu tempo de falar nada, logo em seguida, ela deu um grito e depois ouvi um barulho muito forte e o telefone ficou mudo - relata o irmão, Marcos Antônio Ferreira.
Sem saber o que havia acontecido, ele ligou para o marido de Teresinha que lhe informou que ela havia ido para Gravataí. Imediatamente, ele pegou a RS-030 para procurar a irmã. No caminho, deparou com o acidente. Depois de pelo menos uma hora aguardando no local, recebeu a notícia de que a irmã estava entre as vítimas. O velório ocorre na Capela Municipal de Gravataí.
* Zero Hora