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Seu problema é nosso

Colocação de saibro transforma rua em atoleiro em Alvorada 

Moradores já pediram ajuda da prefeitura por inúmeras vezes, mas contam que raramente têm conseguido uma resposta

28/09/2017 - 09h21min

Atualizada em: 28/09/2017 - 09h21min


Situação ruim na subida (e) e na descida da via (d)

A família do motorista Lorivelto Riboli, 32 anos, mora na Rua Artur Bernardes, bairro Intersul, em Alvorada, há mais de 25 anos. Desde 2009, ele também passou a residir no local, e sempre enfrentou problemas com o asfalto e as calçadas da via e de seus arredores. A situação piorou quando, há três meses, a prefeitura colocou terra e saibro na rua de Lorivelto e em vários trechos da Maranhão, transformando o trajeto em um atoleiro nos dias de chuva. 

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Já foram inúmeras chamadas aos órgãos responsáveis, raramente conseguindo uma resposta. Antigamente, os buracos eram um enorme incômodo para os moradores. Porém, com a última ação, o local se tornou praticamente intransitável. O morador disse que a prefeitura afirmou não ter como consertar o local agora. 

— Na última chuva forte que teve, dois carros atolaram e, no dia seguinte, o caminhão de lixo não conseguia passar aqui — conta Lorivelto. 

Arrecadação 

Em um dos últimos contatos com os moradores, agentes públicos sugeriram que eles arrecadassem o dinheiro necessário para fazer as reformas no local. Segundo Lorivelto, a equipe informou que poderia ser feito um acordo entre as partes interessadas em pagar pelos reparos. 

Uma via assinada pelos moradores deveria ser apresentada ao responsável pela Secretaria de Mobilidade Urbana (SMSMU), que então faria um projeto. Os valores seriam estimados somente depois de fechado o contrato. Mesmo assim, a prefeitura informou que seriam feitas apenas tentativas de dar continuidade à reforma, sem determinar prazos, disse Lorivelto. 

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Sem saber o preço estimado da obra, os vizinhos decidiram não investir. Segundo o morador, há cerca de 15 anos, a prefeitura fez um contrato com uma empresa que seria responsável pelos reparos. O motorista lembra que a firma declarou falência poucos meses depois, sem sequer iniciar a obra. 

Desde então, diz o morador, tem sido muito difícil conseguir ajuda da prefeitura, que teria alegado que protocolos e pedidos gerados em administrações anteriores não podem ser acessados devido a uma mudança de sistema. 

— Na antiga administração, o secretário informou que, como um lado da rua pertence à Marinha, só uma parte dos moradores paga IPTU e, por isso, não seria prioridade deles a pavimentação da rua. A gestão atual alega que não tem dinheiro para fazer o conserto — conta Lorivelto. 

Prefeitura afirma que já fez reparo 

A administração pública de Alvorada afirmou que o trabalho de manutenção já aconteceu, com a utilização de terra e saibro. Porém, devido às fortes chuvas recentes, boa parte do trabalho terá de ser refeito. 

Em relação aos pedidos antigos, a prefeitura explicou que, anteriormente, todas as solicitações eram feitas nas secretarias responsáveis, portanto, não existia uma central de protocolo. Informou também que, a partir deste mês, foi instituído que todo pedido deverá ser realizado diretamente na prefeitura, gerando um protocolo e visando tornar o atendimento mais eficiente. 

Para fazer solicitações, é preciso ir à Avenida Presidente Getúlio Vargas, 2.226, das 8h às 11h45min e das 13h às 16h45min, de segunda a sexta. 

A administração concluiu afirmando que, atualmente, não dispõe de recurso para continuar o trabalho de pavimentação comunitária, como foi sugerido a Lorivelto. Comentou ainda que estão sendo estudadas alternativas para realizar as pavimentações sem haver cobrança da população. 

*Produção: Leticia Gomes 

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