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Bebê com doença que causa infecções precisa de nova ajuda para fazer tratamento

Família está arrecadando R$ 7 mil; parte do valor será usada para pagar viagem a São Paulo no dia 15 de fevereiro, onde Davi deve fazer consultas e exames

10/02/2023 - 09h24min


Sandy da Luz Rodrigues / Arquivo Pessoal
Com os pais, Alex e Sandy

O pequeno Davi Umpierres, dois anos, que apareceu no DG em dezembro passado, precisa de ajuda mais uma vez. O menino foi diagnosticado, em fevereiro de 2022, com nocardiose pulmonar (saiba mais abaixo). Segundo a família, a demora para iniciar o tratamento, por questão financeira, fez com que a bactéria causadora da doença comprometesse outro órgão.

— Nós estamos à procura do tratamento para os rins do Davi. Se não, ele vai ter que ir para hemodiálise — afirma a mãe, a dona de casa Sandy da Luz Rodrigues, 30 anos.

A busca é por R$ 7 mil, valor que servirá para pagar a viagem e a estadia em São Paulo, onde o menino deve fazer consultas e exames com uma equipe que já conhece seu caso. A ida deve ocorrer na próxima quarta-feira (15).

Sandy explica que o dinheiro será destinado, ainda, a eventuais medicamentos e aos custos com as próximas sessões de fisioterapia pulmonar. Como apenas o pai, o metalúrgico Alex Umpierres da Silva, 31 anos, consegue trabalhar, o valor ajudará também com a alimentação e as contas de água, luz e aluguel da família.

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Histórico  

Em dezembro, os pais do menino precisavam de R$ 11 mil. O valor foi alcançado por meio de doações e permitiu pagar as duas etapas que faltavam do sétimo ciclo de tratamento voltado aos pulmões. Eram antibióticos e corticoides, administrados via oral, inalatória e injetável. Alguns dos remédios eram para a pele, que ficou com feridas. Hoje, o menino segue recebendo corticoides.

A mãe explica que não encontrou formas de tratar o filho via SUS. Por meio da Justiça, foram garantidos dois ciclos de tratamento. Mas cada ação feita exigia tempo, algo que não tinham. Quanto ao pedido por fisioterapia pulmonar, chegou a ser encaminhado pelo SUS em 2021, mas o menino não foi chamado, lembra a mãe.

Nova batalha

A previsão é de que em março a família saiba se Davi vai precisar seguir tratando os pulmões ou não. Enquanto isso, uma atenção maior é dada aos rins.

Ainda em dezembro, os pais notaram que o pequeno começou a ter dor e dificuldade para urinar. Quando conseguia, havia sangramento ou odor forte. Sandy conta que, conhecendo o caso, os médicos já desconfiaram que a bactéria da nocardiose pulmonar teria se espalhado.

Mudanças e solidariedade

 A saúde de Davi mexeu com a rotina. O pequeno e a mãe vivem em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo. Já o pai mora junto à irmã do menino, em Caxias do Sul, na Serra, devido ao trabalho.

A distância que separa a família foi a forma encontrada para reduzir os gastos com deslocamento, já que um dos médicos de Davi atende em Santa Cruz do Sul.

— Eu fico a (cerca de) 200 quilômetros de distância deles. Muitas vezes, estou trabalhando e, quando vejo, acontece alguma coisa lá em Santa Cruz, com o Davi, e tenho que sair — desabafa Alex.

Com postagens nas redes sociais, ele e Sandy começaram a engajar pessoas na causa — familiares, amigos e até desconhecidos. 

— É muito gratificante, tanto que nós chamamos eles (quem ajuda) de anjos do Davi — pontua Sandy.

COMO CONTRIBUIR
/// É possível ajudar via Pix, com a chave sendo o telefone 54992031383, ou pela compra de rifas. Uma delas, com número a R$ 10, tem como prêmio uma cesta de alimentos.
/// Para saber mais, entre em contato com Sandy, pelo (54) 99203-1383.

SAIBA MAIS SOBRE A DOENÇA
Fonte: André Nathan Costa, pneumologista da Comissão de Infecções Respiratórias da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
/// A nocardiose é causada por uma bactéria chamada nocardia. É uma doença pulmonar, mas que também pode acometer outros órgãos, como pele, e o sistema nervoso central.
/// Essa bactéria está presente no meio ambiente e entra no organismo por meio da inalação. Não é uma doença transmitida de um paciente para outro.
/// A consequência é um quadro infeccioso pulmonar e, às vezes, com acometimento de outros órgãos, que pode levar a febre, falta de ar, oxigenação baixa e dor no peito. Eventualmente, um quadro mais grave pode levar à morte.
/// Em alguns casos, o diagnóstico da nocardiose demora porque não é uma doença comum e é uma bactéria que não tem crescimento fácil em um meio de cultura (uma das formas de diagnóstico).
/// O tratamento é com antibiótico.
/// Os grupos com maior risco são de pacientes imunossuprimidos — que apresentam enfraquecimento do sistema imunológico —, seja porque têm neoplasia (câncer), HIV, algum outro tipo de imunodepressão, transplante de órgãos sólidos ou de medula óssea ou porque tomam medicações imunossupressoras.

Produção: Isadora Garcia



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