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Imigrante pede apoio para buscar filhas na Venezuela

Meninas de 10 e nove anos estão vivendo com o avô paterno no país vizinho

17/03/2023 - 15h38min


Arquivo pessoal / Arquivo pessoal
Maria passou por Roraima e Amazonas antes de fixar residência no Rio Grande do Sul

Há cinco anos, a atendente de padaria Maria Hernandez saiu de Maracaibo, na Venezuela, por causa da crise econômica no país. À época, teve de deixar a família para trás na tentativa de conseguir comida e uma vida melhor para todos. Hoje, aos 36 anos, ainda precisa trazer para junto dela as filhas Heberlin Gomez, 10 anos, e Hemily Gomez, nove anos, que estão com o avô paterno. 

– Tirei minhas primeiras férias do emprego e preciso viajar até o dia 20 (de março) para poder voltar com elas a tempo. Só que todas as passagens, minhas e delas, vão custar R$ 17 mil – conta a moradora do bairro Bom Jardim, em Ivoti. 

Até o momento, Maria conseguiu arrecadar pouco mais de R$ 3,8 mil, motivo pelo qual pede ajuda para completar o valor. 

Jornada 

Quando deixou a cidade de origem, em 2019, Maria entrou no Brasil por Pacaraima, no estado de Roraima, na região Norte. Durante aquela ocasião, a pequena cidade vinha recebendo milhares de pessoas na mesma situação e não tinha estrutura para tanto. 

Diante disso, a refugiada recebeu ajuda humanitária para ir até Manaus (AM). Enquanto esteve lá, conseguiu trazer para junto de si os dois filhos, de 15 e 14 anos, e a mãe.  

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– Vim para o Rio Grande do Sul porque lá não tinha emprego. E o meu irmão, que mandou o dinheiro para eu vir para o Brasil, morava aqui – explica. 

Quando chegou ao Estado, Maria contou com a ajuda de outra refugiada venezuelana para fixar residência e conseguir um trabalho. O primeiro em regime CLT. 

Viagem 

Se, por um lado, não há impedimentos legais para ir à Venezuela buscar Heberlin e Hemily, por outro, não há também qualquer ajuda governamental ou de qualquer organização, diz Maria. Ela afirma que conhecidos que passaram pela mesma situação também tiveram de juntar os valores por conta própria. A diferença, ressalta, é que muitos tinham famílias grandes e que os ajudavam: 

– Eu não tenho quem me apoie. E sinto muitas saudades das minhas filhas. O pai delas morreu, e o avô ficou cuidando. Sempre conversamos, e elas dizem que querem me ver. 

Como ajudar

/// Para ter tempo de buscar as filhas ainda durante as férias, Maria precisa viajar até o dia 20 de março. 

/// Ela recebe doações financeiras pelo site vakinha.com.br/3465591 ou pelo Pix, em que a chave é o telefone celular: 51980200071.

Produção: Guilherme Jacques


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