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Limpeza Urbana

Descarte irregular de lixo provoca bloqueio em rua na zona norte de Porto Alegre

Via junto ao aeroporto tem, a céu aberto, pneus, restos de construção e material orgânico

19/03/2024 - 21h32min


Leandro Rodrigues
Leandro Rodrigues
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Leandro Rodrigues / Agência RBS
Lixão que bloqueia a pista fica perto da esquina com a Rua Paquetá, em frente a um terreno abandonado.

A Rua Taim, no bairro Jardim Floresta, zona norte de Porto Alegre, está com o trânsito em meia pista em função do descarte irregular de lixo. O acúmulo de restos de material orgânico, pneus velhos, móveis, telhas e madeira bloqueia uma das faixas.

Com cerca de 250 metros, a via fica entre as ruas Ouro Preto e Diamantina, paralela à Avenida Sertório e no limite da área do Aeroporto Internacional Salgado Filho.

O lixão que bloqueia a pista fica perto da esquina com a Rua Paquetá, em frente a um terreno abandonado e distante 50 metros da parada onde passam ônibus das linhas B09, 091 e 093.

A reportagem esteve no local no começo da manhã desta terça-feira (19). Os materiais descartados vão de lixo doméstico, com embalagens, passando por madeira, restos de construção, móveis, pneus e até o painel inteiro de um automóvel.

Leandro Rodrigues / Agencia RBS
Sue Ellen de Oliveira de Jesus mora na região.

Moradores próximos do local há mais de 20 anos, a dona de casa Sue Ellen de Oliveira de Jesus, 37 anos, e o vigilante Valdinei dos Santos Barbosa, 43, já perderam a conta de quantas vezes chamaram a prefeitura para retirar o lixo. Vizinhos de porta do lixão, são os mais prejudicados pela situação.


— Eles chegam a vir com dois caminhões, tiram tudo. Mas tempos depois começaram a largar lixo de novo. E agora nem esperam mais a noite, soltam de dia mesmo — conta Barbosa.

A multiplicação de ratos e insetos como baratas é uma das piores consequências da sujeira na beira da porta. 

— Já estamos achando cobras no pátio, claro, porque tem ratos e insetos. A gente, agora, tenta manter bem limpo na nossa porta. É para perceberem que aqui tem gente e não soltarem na frente — diz Sue Ellen.

Ainda na Zona Norte, a reportagem identificou outros dois pontos de descarte e acúmulo de lixo. Na Rua Hugo Hermann Filho, quase esquina com a Avenida Assis Brasil, bairro Cristo Redentor. Ali, basicamente havia lixo domiciliar acumulado. No Parque Santa Fé, é na Rua Reverendo Olavo Nunes que está a dor de cabeça de quem mora no entorno: além de lixo, móveis como armários e camas, animais mortos são deixados na rua.

O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), por meio de nota, esclarece que as equipes do Setor Norte removem os focos de lixo da região periodicamente. No caso das vias apontadas pela reportagem, os locais são alvo de descarte irregular de resíduos de forma crônica.

A Rua Hugo Hermann Filho será atendida pelo DMLU ainda nesta terça-feira, enquanto a limpeza na Taim está programada para a quinta-feira. Já na Reverendo Olavo Nunes tem serviço previsto para até sexta-feira. Juntos, os três pontos somam 21 toneladas de resíduos retirados a cada visita das equipes aos endereços, segundo o departamento.

A Secretaria Municipal de Segurança (SMSEG), por meio da Diretoria-Geral de Fiscalização (DGF), informou que, além de solicitar a limpeza por meio do Sistema 156, a população pode solicitar ações fiscais nos locais onde há descarte irregular — fundamental anexar fotos e/ou vídeos que possam auxiliar na identificação dos autores.

Conforme o Código Municipal de Limpeza Urbana, a infração pode ser punida com multa de 180 Unidades Financeiras Municipais (UFMs) — equivalente a R$ 991,60.

As coletas de lixo regulares são realizadas em todas ruas da cidade. Já o descarte de materiais que não são recolhidos por esses serviços deve ser feito nas Unidades de Destino Certo (Ecopontos). Há, ainda, a opção das coletas especiais, disponíveis no sistema 156.


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