Polícia



Medo

Clima de insegurança faz lojas fecharem as portas mais cedo no Centro de Porto Alegre

Duas lojas que fechariam às 20h optaram por interromper o atendimento às 18h

03/08/2015 - 18h25min

Atualizada em: 03/08/2015 - 18h25min


Luiz Armando Vaz / Agencia RBS
Lojas fecharam as portas antes do horário previsto

Algumas lojas do Centro de Porto Alegre estão fechando as portas mais cedo no início da noite desta segunda-feira. O medo de ataques e arrastões motivou a interrupção do atendimento. De acordo com um leitor do Diário Gaúcho que prefere não se identificar, oficiais da Brigada Militar sugeriram a alguns lojistas o fechamento mais cedo devido à falta de contingente.

- Fui buscar minha esposa mais cedo porque o comércio fechou às 18h devido aos assaltos. A Brigada Militar passou de loja em loja avisando para fechar. Estão colocando até tapumes na entrada.

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Foto: Luiz Armando Vaz / Agência RBS

Algumas lojas localizadas no centro de Porto Alegre confirmaram o fechamento. As lojas Gaston, na Andradas, e Paquetá, na Borges de Medeiros, encerraram os trabalhos duas horas mais cedo, às 18h. Os estabelecimentos fecham normalmente às 20h.

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O 9º Batalhão de Polícia Militar nega que tenha sugerido o fechamento aos lojistas. Segundo o comandante do BPM, Tenente-Coronel Francisco Vieira, três homens foram presos por roubo de celulares nesta segunda-feira e resistiram à abordagem. A confusão assustou os comerciantes, mas nenhuma orientação foi dada oficialmente.

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Foto: Luiz Armando Vaz / Agência RBS

Queda nas vendas

A número reduzido de pessoas nas ruas causou uma queda nas vendas, segundo levantamento do Sindilojas Porto Alegre. De acordo com o sindicato, 61% das lojas consultadas foram impactadas devido à paralisação de parte dos servidores públicos estaduais. A redução nas vendas foi, em média, de 46%.

Os comerciantes consultados não apontaram ocorrências de assaltos. Porém, dentre estes, 84% possuem o serviço contratado de segurança privada, o que garantiu a abertura das lojas mesmo sem policiamento nas ruas. Em contrapartida, houve casos em que estabelecimentos do Centro Histórico da Capital trabalharam com as portas fechadas.

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* Diário Gaúcho


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