Um policial civil aposentado foi mais uma vítima da guerra do tráfico na Zona Norte da Capital. Na tarde desta quinta-feira, Ari de Moura, 73 anos, estava sentado na frente de casa, na Rua Ernesto Pellanda, no Bairro Vila Jardim, quando foi executado com sete tiros na cabeça. Até o momento nenhum suspeito foi preso ou identificado.

De acordo com a delegada da 5ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Elisa Souza, a principal suspeita é que Ari tenha sido morto em represália por ser policial. A polícia ainda não sabe afirmar qual o calibre da arma, pois não foram encontrados estojos no local.

Para a delegada, o filho e a esposa relataram que a vítima já tinha recebido ameaças de integrantes da facção "Bala na Cara", que sabiam que ele era policial. Ari teria, inclusive, ouvido ameças de traficantes para que não circulasse pelas imediações da Rua Souza Lobo, próximo de becos de atuação destes criminosos.

A polícia ainda não reuniu informações suficientes para identificar os suspeitos. Segundo a delegada, a investigação será baseada em relato de testemunhas.

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Vítimas do tráfico de drogas

Desde o começo deste ano, mais de 40 pessoas já foram mortas pela guerra que o tráfico de drogas decretou em Porto Alegre. O policial civil Ari de Moura já é a 21ª vítima, na região da Vila Jardim e do Bairro Jardim Carvalho, onde gangues travam uma disputa por território.

Assim como ele, muitas vítimas são mortas por traficantes em represália a outros crimes, como Cesar Henrique Ferreira Rousselet, 37 anos, e Mônica Pinto Soares, 19 anos, mortos em uma roda de samba em janeiro deste ano. Outro caso recente é a morte de Lucas Lemos da Silva, de 22 anos, morto com 10 tiros também na região da Vila Jardim, no início de março.

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* Diário Gaúcho