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Seu problema é nosso

Área próxima a ponto turístico de Torres que deveria abrigar praça está com obras paradas desde 2015

O local, próximo à Lagoa do Violão, que já abrigou o ginásio municipal Alberto Teixeira, sedia atualmente um canteiro de obras inacabado

30/08/2018 - 09h54min


Arquivo Pessoal / Leitor/DG
Vestígios da obra são superficiais

Um espaço que deveria receber a população para momentos de lazer e prática de esportes está abandonado. Se trata de um terreno próximo à Lagoa do Violão, em Torres, no Litoral Norte. A área, que já abrigou o ginásio municipal Alberto Teixeira, sedia atualmente um canteiro de obras inacabado. 

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Em março de 2015, com o ginásio já demolido, a prefeitura colocou duas placas no local anunciando a construção da "infraestrutura esportiva da Lagoa do Violão". Mas a ideia do novo espaço público ficou só na placa. 

Ginásio 

Segundo moradores, após a instalação de alguns palanques que cercariam a futura quadra de esportes e a colocação de brita para concretar o espaço, as obras pararam. Hoje, mais de três anos depois, a população se questiona sobre o futuro do local. 

O drama da área próxima à Lagoa do Violão é antigo. Em 2004, o ginásio municipal foi atingido pelos efeitos do furacão Catarina e se arrastou por anos como um elefante branco no coração da cidade litorânea. Sem condições de reconstruir a estrutura, a demolição foi a saída encontrada pela prefeitura. 

Morando bem próximo à região que abrigaria a infraestrutura esportiva da lagoa, a professora Nadiana Rosa dos Santos, 40 anos, está descontente com o atual cenário: 

— Uma vez que perdemos o ginásio, a construção de um espaço de lazer na região seria de suma importância. 

Projeto 

Conforme a prefeitura de Torres, a ideia seria o local ter uma quadra poliesportiva — de basquete, futebol e vôlei —, ciclovia, playground, um banco lúdico que formaria um passeio orgânico na praça e a iluminação com postes do mesmo padrão dos que já existem na orla da Lagoa do Violão.

A esperança da professora, que mora na região há mais de cinco anos, é de que os reparos se realizem logo. Por enquanto, a sensação é de descaso. 

— Infelizmente, o que se vê agora é um lugar abandonado, só com as placas de previsão de início e conclusão das obras. O descaso é evidente — reclama Nadiana. 

Arquivo Pessoal / Leitor/DG
Placas no local apontam que obras deveriam ter terminado em 2015

Recomeço em 30 dias

Por meio de nota, a prefeitura de Torres explicou que a interrupção dos serviços em 2015 foi causada pelo abandono da obra por parte da empresa que havia vencido a licitação. Do total de R$ 416.690,78 apontados na placa como investimento para o local, a administração informa que 20,84%, o que corresponde a R$ 68.252,18, foram utilizados. O município informa que o contrato só foi encerrado em fevereiro de 2016. 

Depois disso, um novo projeto foi encaminhado à Gerência Executiva de Governo da Caixa Econômica Federal — responsável pela apreciação do documento e que tem recursos captados junto ao Ministério do Esporte. A nova licitação foi autorizada pela Caixa, já ocorreu e a nova empresa contratada deve reiniciar os trabalhos dentro de 30 dias, garante a prefeitura. 

Depois da retomada dos serviços, a previsão de conclusão das obras é de 120 dias. 

*Produção: Alberi Neto

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