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Seu problema é nosso

Buracos na via, canos expostos e falta de iluminação viraram rotina em rua da Restinga, na Capital

Entre os obstáculos enfrentados pelos moradores estão a péssima condição da rua, a aparição de canos e de caixas de esgoto em buracos no chão e a falta de lâmpadas nos postes de iluminação pública

16/10/2018 - 09h49min


Arquivo Pessoal / Leitor/DG
Lama na via dificulta os deslocamentos junto à canalização, que está muito aparente

Há pelo menos 10 anos, os moradores do Beco Cecílio Monza, no bairro Restinga, na Zona Sul de Porto Alegre, sofrem com os problemas da via. Entre os obstáculos estão a péssima condição da rua, a aparição de canos e de caixas de esgoto em buracos no chão e a falta de lâmpadas nos postes de iluminação pública. 

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Segundo o estudante de Ensino Médio Gustavo Oliveira dos Santos, 22 anos, os moradores mais antigos contam que o local nunca recebeu atenção da administração pública: 

— O problema está em todo o beco, e existe há muito tempo. 

Para Gustavo, não há mais nada que possa ser considerado pavimentação na via: 

— Eles (prefeitura) colocaram uma massa muito fina de cimento. Então, os caminhões passaram e quebraram tudo, veio uma chuva e levou qualquer coisa que tinha restado. 

Outra tentativa de melhorar a via, por parte da administração pública, conta o estudante, foi a distribuição de terra ao longo do beco: 

— Como é uma descida, a água leva tudo. Não tem pedra ou terra que fique. 

Devido ao peso dos caminhões que passam pela via e por causa da chuva, canos e caixa de esgoto começaram a aparecer. Gustavo conta que algumas tampas estão rachadas, então, o esgoto fica à vista e vaza quando a via alaga. 

— Como tem terra e pedaços de asfalto, os bueiros entopem — afirma. 

Como consequência da situação da rua, o morador da Restinga lembra de uma ambulância que não conseguiu se deslocar para socorrer uma idosa. 

— Os veículos ficam presos nos buracos, os pneus furam, os carros caem em valetas — conta. 

Iluminação 

Durante o noite, o sentimento que predomina nos moradores do beco é de medo, devido à falta de iluminação, que causa insegurança, e também pelo perigo que é transitar sem enxergar onde se está pisando. 

— Tem sete postes sem lâmpadas no beco. Metade do lugar fica no escuro — desabafa Gustavo.

O morador registrou reclamação na prefeitura pelo protocolo número 1111811838, em abril deste ano. Entretanto, até hoje, nada mudou. No final do mês passado, Gustavo fez mais um pedido para o órgão, que não cumpriu o prazo de análise. 

— Além de não ter luz, não tem sinalização. É um espaço perfeito para acidentes — relata o morador.

Consertos previstos para este mês 

A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) afirmou, por meio da Divisão de Iluminação Pública (DIP), que programou para a última semana de outubro os reparos nos equipamentos de iluminação do Beco Cecílio Monza. O conserto depende apenas da chegada do material — que já foi solicitado. 

Em relação aos canos aparentes na via, a SMSUrb informou, por meio do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), que a tubulação que aparece nas fotografias (acima) é de água, que abastece os reservatórios na parte alta do Beco Cecílio Monza. 

O Dmae, em conjunto com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim), programou para esta semana a melhoria das condições do trecho em que a rede de água está aparente. A Divisão de Conservação de Vias Urbanas da Smim irá programar o serviço de patrolamento no local para esta semana, de acordo com as condições climáticas. 

Em relação à possibilidade de asfaltar a via, a Secretaria Municipal de Relações Institucionais (SMRI) afirmou que não existe pedido nesse sentido, dos moradores, no Plano de Investimentos do Orçamento Participativo. A única demanda para a região está no Plano de Investimento de 2014, referente à macrodrenagem.

*Produção: Eduarda Endler 

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