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Banho no Guaíba

Praias de Porto Alegre são opção para quem não foi ao Litoral Norte

No calor deste domingo (30), muitas pessoas procuram pontos da Zona Sul para se refrescar nas praias de água doce banhadas pelo Guaíba

31/12/2018 - 09h26min


Alberi Neto
Alberi Neto
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Fernando Gomes / Agência RBS
Quem ficou pela Capital, recorreu à Praia do Lami para amenizar o calor deste domingo (30)

Nem todo mundo deixou a Capital para curtir a virada do ano nas praias gaúchas. Teve quem optou, ou precisou, ficar em Porto Alegre mesmo. E para fugir do calor de ontem, quando a temperatura rondou os 34ºC, as praias da Zona Sul foram a melhor opção. No Lami, por exemplo, o movimento foi intenso. 

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Entre guarda-sóis, cadeiras, cangas e rodas de pagode, das churrasqueiras nos gramados à areia, tudo estava disputado. No espaço, havia gente da Capital e até de outras cidades. A dona de casa Jeniffer Soares, 32 anos, veio de Gravataí com os amigos para curtir a água doce no extremo sul. Foi a primeira vez que a turma esteve no local.

— Trouxemos as crianças também. Só não vieram os cachorros porque faltou espaço — brinca Jeniffer.

Junto da dona de casa, a auxiliar de cozinha Roberta Samara, 30 anos, elogiou as condições do Lami:

— Pela propaganda que a gente ouvia, de amigos dizendo para não virmos aqui, foi surpreendente. É limpo, tranquilo e as crianças adoram.

Enquanto as amigas curtiam a sombra, a dupla Carlos Soares, 39 anos, e Carlos Fagundes, 39 anos, preparavam o churrasco.

— Quando a gurizada sair da água sair da água, virão cheios de fome — alertou Soares, que trabalha como serralheiro em Gravataí.

Fernando Gomes / Agência RBS
Esdras e Carla trouxeram o filho, Pedro, para curtir a praia

Proximidade 

Além da limpeza e da tranquilidade da água, outra vantagem apontada pelos frequentadores é a proximidade. Para muitos banhistas, é mais vantagem se deslocar até à Zona Sul do que pegar a Freeway ou a RS-040 rumo ao Litoral Norte. 

O casal Esdras Cruz, 36 anos, e Carla Azambuja, 21 anos, trouxe o filho, Pedro, dois anos, para se banhar no Lami. Vieram da Lomba do Pinheiro, na Zona Leste. O pequeno se divertia na água sob a supervisão do casal, que se refrescava nas margens do Guaíba.

— Eu vinha quando era criança. A gente nem sabia se dava para tomar banho ou não. Hoje, pelo menos, tem placas dizendo que a água é própria para banho — recorda Esdras, que é promotor de vendas. 

Carla ressalta, ainda, a questão da segurança para o filho. Com o movimento calmo das ondas, os pais ficam tranquilos. 

— Parece mais seguro que a praia, e tem até salva-vidas — aponta a secretária.

A sensação de segurança é a mesma sentida pelo almoxarife Rodrigo Anelli, 42 anos, e pela dona de casa Lisiane Nunes, 37 anos. O casal, que mora no bairro Camaquã, fincou o guarda-sol na margem, com a água batendo nos pés. Sob seus cuidados estava a pequena Lia, três anos. O trio ficou próximo da guarita, onde está o agente responsável pela segurança dos banhistas.

— É a primeira vez que viemos, a praia está aprovada. Nossa filha está se divertindo muito — avalia Lisiane.

Fernando Gomes / Agência RBS
Lisiane, Rodrigo e a filha do casal, Lia, vieram do bairro Camaquã

Acessibilidade

Cadeirantes, idosos ou pessoas com dificuldades na mobilidade também terão a oportunidade de curtir a água. O programa Praia Acessível para Todos lançou, neste sábado a sua temporada 2019 de atendimento gratuito ao público. Na Praia do Lami, durante todos os finais de semana de janeiro e fevereiro, entre 9h e 16h, haverá um plantão para garantir que essas pessoas possam se banhar. Cadeiras de rodas anfíbias serão usadas na atividade.

Dicas para o banho em águas doces

O Corpo de Bombeiros tem algumas orientações para quem costuma se banhar em águas doces.

— Tomar banho próximo à margem.
— Nunca ultrapassar o limite da água na altura da cintura, principalmente em locais de profundidade desconhecida.
— Nunca tentar atravessar de uma margem à outra.
— Em situações de afogamento, nadar ou tentar flutuar na direção da correnteza, buscando a margem.
— Tomar cuidado com objetos flutuantes, que podem levar a áreas de profundidade.
— Nunca deixar a criança brincando na água sozinha.
— Orientar a criança a nunca ultrapassar o limite da água na altura da cintura.

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