Ao circular pelo Terminal Triângulo, localizado na Avenida Assis Brasil, na zona norte de Porto Alegre, já é possível ver os primeiros sinais das obras de restauração do telhado, que teve parte destruída em um temporal em dezembro de 2014, fazendo os usuários amargarem quase cinco anos de cobertura precária. Além do grande canteiro de obras construído em meio ao terminal, em uma das pontas, próximo da UPA Moacyr Scliar, uma parte do telhado já está pronta. 

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Conforme a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim), nesta etapa, estão ocorrendo os trabalhos de fechamento e revitalização da estrutura. O planejamento da obra, estabelecido em conjunto pela equipe da Smim, empresa responsável pelos trabalhos e Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), prevê a execução em trechos.

A obra está dividida em 15 etapas feitas de forma coordenada, a fim de que cada fase seja cumprida e o trânsito liberado para o fluxo de ônibus e usuários. O objetivo da prefeitura é causar o menor transtorno possível para quem utiliza o Triângulo. Todas as etapas estão dentro do planejado.

A nova cobertura está sendo viabilizada após a assinatura do Termo de Conversão em Área Pública (TCAP) entre a prefeitura e o Grupo Zaffari. A parceria envolveu valor relativo à recompra de área de um novo empreendimento do grupo, que será construído na Zona Norte. Em vez de repassar 20% do valor da área comprada para o município, como estipulado por lei, o montante é trocado por uma contrapartida indicada pela prefeitura. A empresa contratada fará o fechamento da cobertura de 7 mil metros quadrados, revitalização da estrutura e da iluminação com investimento previsto de R$ 1,62 milhão. 

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A prefeitura e o Grupo Zaffari, responsável pela obra estrutural da cobertura do Terminal Triângulo, vistoriam os serviços realizados no local nesta quarta-feira (21), às 10h30min.

Usuários na expectativa

A expectativa por parte dos passageiros que utilizam o terminal diariamente para o término da obra é grande. Apesar de alguns transtornos em função do canteiro de obras que abriga operários e máquinas, os usuários aguardam por este trabalho há anos. No local, é possível ver muitas pessoas pedindo informações e tentando se localizar em função das trocas frequentes de embarque e desembarque dos ônibus. Fiscais e motoristas de ônibus são os suportes dos passageiros.

— Troca de local e a gente tem que ficar procurando para onde o ônibus foi. Mas tudo bem, se é para melhorar, temos que entender. Pelo menos não vamos mais esperar na chuva — destaca a subgerente de posto de combustíveis, Eva Souza, 42 anos.

Algumas placas estão sendo colocadas com mais destaque para apontar as linhas que mudaram de localização. Quem aguarda pelo T4, por exemplo, precisa esticar o corpo ou ir até uma parte da pista para ver quando o ônibus está vindo, já que o tapume da obra avança um pouco sobre a pista. 

— Está complicado, porque, agora, tenho que descer de um lado e contornar toda a obra, cuidando o meu outro ônibus. Mas faz parte, o importante é que estão fazendo o serviço — opina a auxiliar de logística Denise Souza, 46 anos.