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Seu Problema é Nosso

Buraco impede idosa de sair de casa no Jardim Sabará, em Porto Alegre

O Dmae foi até o local, mas deixou sem conserto

01/11/2019 - 10h33min

Atualizada em: 01/11/2019 - 11h10min


Arquivo pessoal / Arquivo pessoal
Cratera mais que dobrou de tamanho após visita do Dmae

A visita do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae)  à calçada em frente à residência da dona de casa aposentada Rinelda Mafalda Tonet, 75 anos, deveria ter representado a solução de um problema, mas acabou se tornando um pesadelo. 

Rinelda enfrentava, havia mais de seis meses, a abertura de um buraco na frente do portão de sua casa, no Acesso José da Silva Bernardo, Jardim Sabará, na Capital, após o rompimento de uma galeria de esgoto, que fez o calçamento ceder. Desde então, a moradora tinha dificuldades de entrar no próprio pátio, pisando em lugares específicos para não correr o risco de cair no buraco. 

O caso foi publicado no DG na edição de 24 de outubro. Cinco dias depois, uma equipe do Dmae foi ao local para realizar a manutenção da galeria. Porém, a resolução do caso não aconteceu. 

Rachaduras 

A aposentada conta que os funcionários do departamento quebraram um cano de água logo no início da obra e precisaram aguardar a chegada de outra equipe para seguir o trabalho. Entretanto, devido à chuva, os trabalhadores foram embora, deixando para trás uma cratera muito maior do que a anterior, além de um cano quebrado. Ao final da tarde de 29 de outubro, eles voltaram, mas apenas para consertar o vazamento. Desde então, o buraco continua aberto, deixando Rinelda com mais receio, pois rachaduras estão se aproximando da entrada de sua casa. 

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A idosa costumava alugar a garagem para obter uma segunda fonte de renda e teve prejuízos, pois os clientes resolveram retirar os carros do local por causa do perigo que o buraco apresentava. 

— A equipe do Dmae estragou muito mais do que arrumou — lamenta. 

Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Rinelda não pode sair de casa

Isolamento

Além de ter perdido uma consulta de rotina com hematologista por não conseguir sair de casa, Rinelda vê sua saúde piorar. A idosa mora sozinha, sofre de síndrome do pânico e depressão: 

— É desesperador! Eu preciso caminhar, me exercitar, mas não posso sair de casa. Estou muito angustiada, não consigo nem dormir. A sorte é que moro perto de pessoas muito boas, que estão me ajudando muito. 

A aposentada conta que vizinhos se dispuseram a ir até o mercado para comprar alimentos para ela e precisaram arremessá-los por cima do portão, já que não há como acessar a casa. 

Uma das vizinhas é a bancária Gislaine Brezesinski, 48 anos: 

— Ela mora sozinha, então, o que eu puder fazer por ela, farei. Entro sempre em contato para conversar, pois sabemos que ela está bem triste com tudo isso. Nem visita das filhas está conseguindo receber. 

Só com tempo seco 

De acordo com nota emitida pelo Dmae, o órgão confirmou que iniciou nesta semana o conserto na canalização pluvial. Durante o trabalho, ocorreu o rompimento de uma rede de água que, segundo o departamento, foi consertada no mesmo dia. 

Sobre o prazo para finalização da obra, o Dmae respondeu que, em função das fortes chuvas dos últimos dias, foi necessário interromper o serviço. Esclarece, ainda, que a equipe necessita de tempo seco para retomar o trabalho. 

Produção: Thayná Souza 

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