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Seu Problema é Nosso

Entrega de fraldas geriátricas na rede pública de saúde está normalizada 

A falta do produto afetava pacientes com deficiência, que recebem os lotes nas Unidades de Saúde da Capital

08/11/2019 - 11h06min

Atualizada em: 08/11/2019 - 11h09min


Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Família de Evelyn conseguiu buscar as fraldas no posto da Cruzeiro

Os responsáveis por pacientes que fazem uso de fraldas geriátricas já podem respirar aliviados. O fornecimento do produto, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em Porto Alegre, foi normalizado na semana passada. Na edição de 25 de outubro, o Diário Gaúcho mostrou a situação de duas famílias que estavam sem o recebimento das fraldas havia meses. 

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A dona de casa Silvia Regina Meira, 57 anos, mãe de Evelyn Vieira Meira, 28 anos, que sofre de paralisia cerebral, estava desesperançosa em relação à regularização do serviço, pois não conseguia pegar o lote mensal da filha desde maio. Residente do bairro Santa Tereza, Evelyn tem direito de receber 150 fraldas tamanho M, na Unidade de Saúde (US) Moab Caldas, que integra o complexo conhecido como Postão da Cruzeiro. No dia 1 º deste mês, data do aniversário da jovem, Silvia foi até o posto mais uma vez: 

— Uma conhecida me avisou que as fraldas tinham chegado. Logo depois, fui buscar e até brinquei com a funcionária do postão dizendo que chegou de presente para Evelyn. 

Segundo Silvia, o Diário Gaúcho tem sido porta-voz de suas aflições, pois desde 2013 publicou sete matérias relatando a falta de fraldas para Evelyn na rede pública de saúde. 

— Vocês (a reportagem) sempre me ouvem quando eu preciso de alguma orientação. Agora, estou mais tranquila com a normalização, pois a quantidade é sufi ciente para o mês. 

Doações 

O orçamento da família de Sheila da Costa Feijó, 27 anos, moradora do bairro Morro Santana, que sofre de atraso psicomotor, terá uma folga dos gastos na farmácia com a compra de fraldas. Depois de três meses indo até a Unidade de Saúde (US) Santa Marta, no centro da Capital, o pai de Sheila, o porteiro Valdecir Gonçalves, 50 anos, conseguiu obter os lotes no dia 31 de outubro. 

Tadeu Vilani / Agencia RBS
Maria da Conceição deveria retirar 150 fraldas por mês para a filha Sheila

— Está tudo certinho com a entrega. A matéria saiu na sexta-feira e na outra semana já estava disponível na Santa Marta. Peguei as 140 fraldas de tamanho G. Agora, não temos a preocupação de estar comprando — explica o porteiro. 

Depois da publicação da reportagem, Valdecir recebeu doações para a filha: 

— Uma senhora deu três pacotes de fraldas. Ajudou muito, porque não estava fácil. Depois, minha cunhada deu mais um pacote grande, que durou até a chegada do lote. 

Preocupado em não deixar faltar o produto para a filha, o porteiro diz que já está preparado para a atualização do cadastro na US Santa Marta: 

— Não podemos ficar sem, por isso, mês que vem, vou marcar médico para pegar um novo atestado e fazer a papelada alegando que ela precisa das fraldas. A renovação é a cada seis meses. 

Há produtos para mais seis meses 

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre, por meio de sua assessoria, confirmou que, na semana passada, um novo fornecedor realizou a entrega dos produtos à pasta, para a distribuição. Segundo a SMS, durante esta semana, os produtos foram encaminhados para as Unidades de Saúde, que estão retomando o repasse à população. 

A SMS reafirma que, nos últimos seis meses, foram feitos dois pregões para a aquisição das fraldas. Contudo, não houve fornecedores interessados. 

A licitação emergencial foi concluída no dia 21 do mês passado, sendo os estoques adquiridos para os próximos seis meses. 

Produção: Caroline Tidra

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