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Seu Problema é Nosso

Problemas na estrutura de escola na Capital atrapalham as aulas 

Em dias de chuva, alunos contam que utilizam guarda-chuvas dentro das salas para se proteger das goteiras

27/11/2019 - 10h03min

Atualizada em: 28/11/2019 - 08h50min


Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
Más condições da sala de aula D31

Goteiras, assoalho mofado, vidros quebrados. Esses são cenários comuns para os alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Costa e Silva, no bairro Medianeira, em Porto Alegre. Em dias de chuva, alunos contam que utilizam guarda-chuvas dentro das salas para se proteger das goteiras. 

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Além de atrapalhar durante as explicações, os pingos que caem pelas falhas no telhado também estão danificando o assoalho, que está descolando. Segundo uma aluna do terceiro ano, que preferiu não ser identificada, as paredes também viram um problema em dias de tempo úmido: 

— As rachaduras vertem água da chuva para dentro da sala. Alguns armários estão comprometidos por conta da umidade. Se chove demais, não dá pra estudar. 

Água em falta 

Outros problemas também acontecem em dias de temporal, diz a estudante do terceiro ano Ewellin Silveira, 17 anos: 

— Os vidros das janelas nos corredores estão quebrados. O vento e a chuva passam pelos buracos e molham nossas folhas e cadernos. 

Ewellin conta, ainda, que há outras situações incômodas recorrentes, como falta de água nos banheiros. O colégio Costa e Silva funciona apenas pela manhã e divide o prédio com outra instituição, a Escola Municipal de Ensino Médio Emílio Meyer. De acordo com o diretor do Costa e Silva, Milton Heleno Cantos Souza, 57 anos, a situação já foi diferente: 

— No início, ele funcionava nos três turnos, enquanto o Emílio, apenas pela manhã. Há um tempo, nos tiraram o turno da noite para dar lugar aos alunos do Emílio, depois, a tarde. Hoje, somos nós que funcionamos somente durante a manhã. Por conta disso, sempre correm boatos de que o colégio vai ser fechado, mas a gente segue trabalhando. 

Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
Marcas de infiltração no teto

Obras há dois anos 

O diretor conta que, há dois anos, houve mobilização de alunos e professores. Na tentativa de mudar a realidade da escola, pediram providências para a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), que entrou em contato com a secretaria municipal (Smed), pois, como o Costa e Silva está alocado no mesmo prédio do Emílio, a responsabilidade seria do município, de acordo com o diretor. Após isso, a escola recebeu auxílio e foi feita a troca de telhados e o desentupimento de calhas, entre outros. 

— Estudamos em condições precárias. É deprimente ver a escola como está. Ficamos apenas três anos no Ensino Médio, mas e se tivesse Fundamental? Passaríamos oito ou nove anos do mesmo jeito? É difícil — desabafa a aluna Ewellin.

Revogação do contrato prossegue 

Segundo a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), o contrato de cessão de uso do prédio foi renovado em 2013 e deveria ter validade de 25 anos. Porém, no ano passado, foi iniciada a revogação do contrato, que ainda está tramitando. A Seduc esclarece que a negociação se mantém de forma gradual para evitar prejuízos aos estudantes. 

A pasta também garantiu que realiza repasses de R$ 4,8 mil à escola para manutenção. 

Entretanto, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Smed), o termo, na verdade, foi já foi revogado. Questionada sobre a manutenção das salas, a Smed explicou que obras imediatas visando a melhoria do espaço serão feitas assim que o prédio foi devolvido ao município. 

Produção: Thayná Souza

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