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Seu Problema é Nosso

Após ter sua história contata pelo DG, Alanis ganha dois quimonos para seguir lutando

A menina de Canoas precisava de ajuda financeira para participar de uma competição e também de um quimono novo

24/01/2020 - 10h40min

Atualizada em: 24/01/2020 - 13h26min


Marco Favero / Agencia RBS
Alanis já pensa nas próximas competições

— Sabe o que é tu não ter um real pra nada e, de repente, a coisa acontecer? 

É assim que a empregada doméstica Nádia Macedo, 40 anos, define a repercussão da reportagem publicada em 13 de janeiro pelo DG, contando a história de sua filha mais velha – a lutadora de jiu-jitsu Alanis Macedo, 12 anos. A menina precisava de ajuda financeira para participar da primeira etapa da Copa Prime Summer – que ocorreu no último final de semana, em Capão da Canoa – e de um quimono novo, uma vez que o seu estava rasgado e não era mais aceito em competições. Além disso, a família, que vive no bairro Harmonia, em Canoas, também buscava apoio para continuar levando a pequena lutadora aos treinos, em Porto Alegre

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Após a reportagem, mensagens começaram a chegar ao WhatsApp da mãe, manifestando o interesse em ajudar Alanis. Além de doações em dinheiro, a menina ganhou dois quimonos de pessoas que leram a matéria – um novo, que ela mesma escolheu, e um usado, que será utilizado nos treinos. 

— Teve um senhor que leu, gostou muito, e acabou doando mais que todo o meu salário do mês. Conseguimos ir ao campeonato sem precisar pedir nada para ninguém e já temos como ir e voltar do treino até o final do mês. Eu nem sei dizer quanto o jornal ajudou, superou nossas expectativas — comemora Nádia. 

Marco Favero / Agencia RBS
Alanis exibe as medalhas conquistadas

Competição 

Com a ajuda obtida, Alanis pôde ir para o campeonato no Litoral Norte. Contudo, segundo a mãe, o evento teve a data adiantada em cima da hora (de domingo, 19, passou para sábado, 18), motivo pelo qual muitos atletas acabaram não comparecendo. Entre estes, a lutadora que enfrentaria Alanis no tatame. Por essa razão, a menina acabou não lutando, e levou a medalha pra casa devido a ausência da oponente. 

Embora a última competição tenha sido frustrada, Alanis já está com o pensamento nas próximas. Destas, a mais importante é o Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu, que ocorrerá em Barueri (SP), em abril. Sem patrocínio, a família não tem certeza se conseguirá o valor necessário para que a menina participe – pois os custos devem girar em torno de R$ 2 mil –, e segue aceitando doações. 

— Ainda não sei o que faremos, pois tudo o que tínhamos para vender em casa, já vendemos. Mas, vendo tudo o que já consegui pra ela sendo uma empregada doméstica e ganhando um salário mínimo, me sinto confiante — relata a mãe, Nádia. 

Orgulho de se ver no DG 

Além da ajuda obtida por meio da reportagem, outro ponto fez a alegria de Alanis, conhecida no meio da arte marcial como Tourinho: se ver no jornal. A menina conta que, na escola, muitas pessoas comentaram e pediram para tirar foto. Questionada se gostou da fama, Alanis, aos risos, brincou que adorou. Para a mãe, Nádia, o orgulho de ver a fi lha no jornal também não coube no peito: 

— Leio o Diário Gaúcho todos os dias, e ver ela ali foi a minha medalha. 

Como ajudar 

/// Alanis segue aceitando doações para manter-se no esporte. Para contribuir, entre em contato pelo WhatsApp (51) 99788-0290. 

Produção: Camila Bengo

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