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Seu Problema é Nosso

Jovem lutadora de Canoas busca apoio para seguir no esporte

Alanis, de 12 anos, precisa de um quimono novo e doações para participar de competição de jiu-jitsu no Litoral Norte

13/01/2020 - 11h20min

Atualizada em: 13/01/2020 - 13h03min


Lisiane Fernandes / Arquivo Pessoal
Tourinho é o apelido da atleta

Mesmo fora dos limites do tatame, Alanis Macedo Santos, 12 anos — que há dois pratica jiu-jitsu —, nunca deixa de lutar. Moradora do bairro Harmonia, em Canoas, a menina, conhecida no meio da arte marcial como Tourinho, trava verdadeiras batalhas para se manter no esporte. Filha da empregada doméstica Nádia Macedo, 40 anos, e do auxiliar de mecânico Luciano Santos, 39 anos, Alanis coleciona conquistas, mas precisa de ajuda para seguir competindo. 

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Em sua recente carreira, a atleta já acumulou 45 medalhas. Entre os títulos, estão o ouro no Campeonato Sul-Americano de Jiu-Jitsu, disputado no Rio de Janeiro, e o vice-campeonato no Mundial de Jiu-Jitsu Esportivo, em São Paulo. Para viabilizar as competições, Alanis vendeu seu notebook, o pai vendeu a moto que possuía e também foram realizadas rifas. 

— Uma vez, cortaram nossa luz porque precisamos pagar a inscrição de um campeonato e não deu para pagar a conta. Abrimos mão de várias coisas porque a prioridade é essa. Sabe quando tu olha para uma pessoa e sente que ela nasceu para aquilo? Eu sei que ela vai longe e não posso deixar isso de lado — relata a mãe, orgulhosa. 

Patrocínio 

A próxima disputa está marcada para o dia 19, em Capão da Canoa. Mas, sem dinheiro sequer para custear o deslocamento entre a residência, em Canoas, e o projeto social em que Alanis treina, em Porto Alegre, os pais contam com a solidariedade para que a trajetória da fi lha na arte marcial prossiga. 

Agora, o que ela mais precisa é do valor necessário para ir até a competição no Litoral Norte (R$ 200, incluindo transporte e alimentação) e de um novo quimono (em média R$ 350), pois o que possui está rasgado e não será aceito neste nem em outros campeonatos. Porém, diante das dificuldades da família, que conta, ainda, com a caçula Cíntia Macedo, nove anos — que segue os passos de Alanis no esporte —, a mais importante luta da Tourinho é para conquistar patrocínio. 

— Ano passado, a Alanis foi convidada para participar de um campeonato na Irlanda, mas não tivemos condições. Mesmo assim, nunca pensamos em desistir. Sou empregada doméstica há 19 anos com orgulho, mas quero que minhas fi lhas tenham escolha de ser algo diferente — sonha a mãe, Nádia. 

Sonho da menina: inspirar outros jovens

Arquivo pessoal / Arquivo pessoal
Alanis e a irmã, Cíntia

Como qualquer menina da sua idade, Alanis é cheia de sonhos. O maior deles está ligado ao esporte: quando crescer, além de se tornar uma atleta renomada e inspirar outros jovens, a Tourinho deseja criar um projeto social para ensinar a arte marcial a jovens de baixa renda. A menina, que acaba de passar para o sétimo ano do Ensino Fundamental, também vê na advocacia um caminho a seguir. Contudo, garante que jamais vai deixar os tatames: 

— Não me vejo sem o jiu-jitsu, pois ele mudou a minha vida. Hoje, eu praticamente vivo para isso e sinto que é a chance da minha vida. 

Em parte, a missão de inspirar já começou. Ao ver a irmã menor, Cíntia, seguindo seus passos no esporte, Alanis se diz “feliz em perceber que se tornou uma referência para ela”. 

Como ajudar

/// Para doar qualquer quantia em dinheiro ou oferecer patrocínio para Alanis, entre em contato por meio do WhatsApp (51) 99788- 0290. 

Produção: Camila Bengo

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