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EPTC propõe que tarifa de ônibus suba para R$ 5,05 em Porto Alegre

Valor representa 7,45% de aumento. Cálculo será analisado pelo Conselho Municipal de Transportes Urbanos

06/03/2020 - 22h42min


Laura Becker
Laura Becker
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Lauro Alves / Agencia RBS
Cálculo da EPTC leva em consideração reajuste de rodoviários e outros fatores

A Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC) concluiu nesta sexta-feira (6) o cálculo para o reajuste da passagem de ônibus de Porto Alegre. O valor sugerido para a análise do Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu) é de R$ 5,05. 

O cálculo feito pelos técnicos, baseado nos critérios estabelecidos pela lei, resultou em um reajuste de 7,45% em relação ao ano anterior. Na prática, o aumento, se aprovado pelo Comtu e sancionado pelo prefeito Nelson Marchezan, será de R$ 0,35. Atualmente, o valor da passagem é de R$ 4,70.

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O Conselho Municipal de Transportes Urbanos terá sete dias para apreciação dos números. A reunião irá ocorrer na próxima sexta-feira (13), às 15h30min, no auditório da EPTC.

O valor sugerido pela Empresa Pública de Transportes e Circulação é inferior ao que foi solicitado pelo Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa). O pedido era por uma tarifa de R$ 5,20. Um estudo feito pelo  Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) indica que esse valor representaria um aumento de 10,64% — mais que o dobro da inflação estimada para o período, de 4,53%.

Entre os principais fatores que embasaram o pedido do Seopa, estão o aumento do custo de compra de novos ônibus (17,34%) e do diesel (8,78%). Há destaque, ainda, para a queda de 4,11% no número de passageiros em 2019.

Pacote de mobilidade proposto pelo Executivo ainda será analisado

O pacote de mobilidade proposto pela prefeitura de Porto Alegre e enviado à Câmara Municipal não teve êxito até o momento. O objetivo do Executivo é aprovar a proposta na Casa para tentar reduzir o valor da passagem para abaixo de R$ 2 até 2021.

Até agora, o único projeto proposto pelo governo de Marchezan já apreciado foi o que restringia a presença de cobradores. Em meio a mobilização dos rodoviários, ele foi rejeitado por 22 votos a nove em 3 de fevereiro, primeira sessão do ano legislativo. As demais medidas deveriam ser apreciadas em sessões extraordinárias convocada com três dias de antecedência, no final de janeiro. Irritados com a convocação surpresa, os vereadores não deram quórum às sessões.

No entanto, em uma reunião em 18 de fevereiro, na Comissão de Urbanização, Transporte e Habitação (Cuthab), a maior parte dos vereadores e representantes de associações se mostrou favorável à votação do projeto que prevê a taxação sobre corridas por aplicativos. O valor seria convertido em subsídio para baratear a passagem de ônibus em até R$ 0,70. Na prática, a reunião da Cuthab foi o primeiro fórum de debate dos projetos no Legislativo.

Outra proposta do pacote é propõe o fim de uma taxa de gestão do sistema de transporte e um pedágio para carros de fora da cidade.


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