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Efeito da pandemia

Empresas de ônibus decidem parcelar salários de rodoviários na Capital

ATP alega agravamento da situação financeira; sindicato é contra e pede apoio da prefeitura

07/05/2020 - 21h35min


Francine Silva
Francine Silva
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Alegando agravamento da situação financeira por conta da pandemia de coronavírus, que reduziu a demanda por transporte público, a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) informou, nesta quinta-feira (7), que oito das 11 empresas privadas de ônibus da Capital farão o pagamento parcelado dos salários de maio dos rodoviários. Em abril, algumas empresas já haviam tomado a mesma decisão.

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Segundo a ATP, metade desses funcionários estaria enquadrada na medida provisória em que o governo federal complementa parte do valor do salário reduzido. A entidade afirma que a queda de 70% no número de usuários, por conta da quarentena implantada em Porto Alegre para combater o coronavírus, fez com que a situação econômica das empresas piorasse.

— A situação é bem delicada, as empresas não gostariam de tomar essa medida, principalmente neste momento, onde fica claro o quanto o trabalhador rodoviário é essencial — destaca Antônio Augusto Lovatto, engenheiro de transportes da ATP.

Conforme nota da ATP, a entidade informa que vem tentando buscar um aporte financeiro dos governos, tanto municipalcomo estadual e federal, para evitar que o sistema entre em colapso. Mas, até o momento, não obteve sucesso.

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— Há algumas semanas estamos avisando que a saúde financeira das empresas está em uma situação muito complicada. Sem um subsídio por parte dos governos, ficará muito difícil manter o sistema em funcionamento — alerta Lovatto.

O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Porto Alegre (Stetpoa) manifestou contrariedade diante do parcelamento de salários, e pede um posicionamento da prefeitura de Porto Alegre. Em nota, a entidade afirma que "a pauta está sofrendo da mais profunda desatenção do poder público e das empresas, que não vêm adotando medidas que garantam a tranquilidade dos trabalhadores, ainda que a população, empresários e o poder público admitam a essencialidade dos trabalhadores como prestadores de serviço inerentes ao funcionamento da cidade".


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