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Coronavírus

Porto Alegre voltará a restringir atividades de shoppings, comércio, academias e restaurantes

A interrupção da flexibilização se deve ao aumento de casos e de surtos na capital gaúcha

12/06/2020 - 21h31min


GZH
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  • O prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan anuncia na tarde desta sexta-feira (12) novas medidas para o combate ao coronavírus na capital gaúcha.
  • De acordo com a prefeitura, shoppings, comércios com faturamento acima de R$ 360 mil por ano, academias e restaurantes serão suas atividades restritas a partir de segunda.
  • A decisão se deve principalmente ao aumento na velocidade da ocupação de leitos de UTI

O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan, anunciou, na tarde desta sexta-feira (12), mais restrições às atividades em Porto Alegre no âmbito do combate à pandemia de coronavírus. As medidas valem a partir de segunda-feira (15) e atingem shoppings, comércios com faturamento acima de R$ 360 mil por ano, academias e restaurantes. O prefeito não especificou todas as restrições, que devem ser publicadas em um decreto ainda nesta sexta. 

As academias deverão voltar a atender apenas uma pessoa por vez, e os restaurantes deverão fechar novamente às 23h. As medidas podem ser reavaliadas nos próximos dias, disse o prefeito. As atividades dos shoppings deverão ser suspensas. A princípio, indústria e construção civil não serão afetadas.

A interrupção da flexibilização se deve ao aumento de casos e de surtos na capital gaúcha e à maior ocupação dos leitos de terapia intensiva nas UTIs da cidade.

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— Não estamos buscando culpados. O que interessa é a referência de leitos ocupados, a capacidade futura de atendimento das demandas e a mobilização que determinadas atividades geram. As medidas no mundo inteiro que se apresentam mais eficazes é com suspensão das atividades econômicas, que diminui a proximidade física, o contágio e a expansão do vírus naquela sociedade específica.

Restrições anteriores frearam a expansão do vírus, diz Marchezan

Marchezan fez um memorial do impacto positivo das primeiras restrições, que, segundo ele, ajudaram a manter o sistema de saúde seguro para o crescimento da doença.

— A nossa primeira decisão mais restritiva se deu pela velocidade da ocupação de leitos de UTI (em março). Tivemos, na época, uma duplicação em cinco dias de pessoas confirmadas com coronavírus em UTIs. Em menos de um mês e meio, teríamos toda a nossa capacidade destinada para isso ocupada, seja por covid, seja por outra demanda — afirmou o prefeito.

— Essas decisões de hoje são baseadas na velocidade, não na demanda. Nós temos capacidade de atender a demanda atual e um eventual crescimento, mas essa decisão não é pensando na ocupação de leitos de hoje, mas pensando no futuro. É uma precaução para que no futuro possamos continuar com a estrutura de saúde, que está crescendo, mas que ela cresça numa velocidade adequada — acrescentou.

O prefeito lembrou, também, que as decisões também não terão reflexo nos próximos dias, em relação aos casos de coronavírus, mas nos próximos 10, 12 ou 14 dias.

— Nós continuaremos acompanhando para ser, talvez, ainda mais restitivos em relação ao decreto municipal (desta sexta) nos próximos dias — declarou.

Supermercados

O prefeito Nelson Marchezan também pediu para que os supermercados tenham o horário de funcionamento ampliado para evitar aglomerações.

— Os supermercados, se não tivermos uma mudança, teremos que buscar uma nova alternativa. Eu peço para que os supermercados não restrinjam seus horários, mas ampliem a sua capacidade horária de atendimento — declarou.

Orla do Guaíba

O prefeito também foi questionado sobre as aglomerações que têm acontecido na Orla do Guaíba, e se a Avenida Beira-Rio continuará fechada para o trânsito de veículos. Na avaliação de Marchezan, é fundamental abrir mais os espaços ao ar livre, para evitar que eles provoquem aglomerações.





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