Brique do DG
Diário Gaúcho cria seção para divulgar negócios dos leitores: confira como participar
Objetivo da ação é valorizar os pequenos empreendedores durante a crise
São muitas as famílias que tiveram sua renda comprometida em função da pandemia, por diversos motivos. Para manter as contas em dia, a solução encontrada por muitos, além de contar com o auxílio emergencial, foi a de começar um negócio.
Para dar força aos empreendedores, o Diário Gaúcho lança, neste final de semana, o Brique do DG. A nova seção funciona como uma espécie de vitrine: serão divulgados, no jornal, produtos e serviços oferecidos pelos leitores, assim como preços, formas de entrega e contatos. A participação é gratuita. A ideia é ampliar a visibilidade de pequenos negócios.
– Nada é mais importante para o nosso leitor do que conseguir manter a sua renda neste momento tão difícil. Por isso, desde que a pandemia começou, o Diário reforçou suas páginas de ofertas de emprego, empreendedorismo e de visibilidade para pequenos negócios. É a contribuição que temos a dar na luta contra a crise – afirma Diego Araujo, editor-chefe do jornal.
E uma crise pode ser um bom momento para empreender. Quem afirma é a doutora em Administração e professora da Feevale Vania Bessi.
– Em momentos de crise, surgem novas necessidades. Um exemplo bem simples: pessoas que não querem se expor não saem de casa, mas pedem refeições. Então, quem vende a comida e quem transporta pode crescer – explica ela.
Ambiente
Outro fator presente no cenário atual é a valorização do que está mais próximo, com mais procura por comerciantes ou prestadores de serviço na comunidade ou bairro onde o cliente mora.
– O empreendedor, então, pode fazer essa leitura do ambiente. Entender o que as pessoas no seu entorno precisam e estão buscando – diz Vania.
Analista de atendimento do Sebrae-RS, Giovana Renata Vanzella destaca, também, a importância de formalizar os negócios (confira, abaixo, como fazer).
– Hoje, a formalização é muito simples, pode ser feita pela internet e tem custo baixo. Rapidamente, o empreendedor consegue se registrar como um MEI (microempreendedor individual). Formalizado, consegue emitir nota fiscal, compra insumos com mais facilidades e ainda tem acesso ao INSS, por exemplo – explica.
Produção: Thayná Souza
Pandemia acelerou o sonho de Lidiane
No caso de Lidiane Hünnig de Jesus da Silva, 26 anos, de Esteio, a crise serviu, ao mesmo tempo, como freio e como acelerador. Formada em Recursos Humanos, Lidiane buscava um emprego na área há mais de um ano. Com a pandemia, viu a situação ficar ainda mais difícil e as vagas, mais escassas.
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– Quando a pandemia começou, eu estava procurando, mas tudo parou. Quando surgiu o auxílio emergencial, eu solicitei – conta ela.
O marido de Lidiane, o técnico em refrigeração Bruno, 25 anos, continuou empregado. Com o salário dele, o casal manteve as contas da casa. Com os R$ 600, compraram ingredientes e material para a jovem realizar um sonho: ter o próprio negócio. Assim, há cerca de dois meses, surgiu a Senhora Gulosa, empresa de bolos artesanais.
– Sempre gostei de doces, bolos. Minha família me apoiou, achou que eu tinha potencial, e decidi investir nisso. Pensei: “pelo menos, vou tentar alguma coisa” – conta a empreendedora.
Artesanal
As características deste momento de pandemia, com boa parte da população passando mais tempo em casa, também colaboraram para a decisão de iniciar o negócio. Para diminuir seus gastos com aluguel de um espaço, os pais dela, os aposentados Ronaldo e Tânia, cederam um espaço no fundo da casa deles para a filha trabalhar.
– Comecei assim, para ver como seria. E a resposta tem sido muito boa. Nestes dois meses, com o dinheiro das vendas e a segunda parcela do auxílio, já consegui investir em algumas coisas que deixam meu trabalho mais eficiente – diz ela.
Atualmente, a Senhora Gulosa produz e vende, somente por encomenda, entre 15 e 20 bolos por semana. Os novos clientes geralmente chegam por indicação daqueles mais antigos. Tudo é feito artesanalmente por Lidiane, que começa a trabalhar às 9h e segue até as 20h, de domingo a domingo.
Além da produção, ela cuida das redes sociais, atende os clientes (tarefa na qual tem ajuda da irmã, Cristiane, 21 anos), cuida da parte financeira e planeja o futuro:
– Não quero que esse seja um negócio apenas durante a pandemia. Quero ter um lugar onde possa vender a pronta-entrega. Vou trabalhar todos os dias até conseguir meu objetivo.
Participe
/// Para participar do Brique do DG, o empreendedor deve enviar foto do produto ou serviço oferecido (se houver), nome completo, descrição do seu trabalho, forma de entrega, contato, preço e cidade para o e-mail atendimento@diariogaucho.com.br. A divulgação é gratuita.
/// Também é possível enviar as informações pelo WhatsApp do DG: (51) 99759-5693.
/// Capriche na imagem! Escolha uma foto com bom enquadramento e boa resolução. Não serão aceitas montagens ou fotos com aplicações de frases, por exemplo.