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Moradora do bairro Sarandi, na Capital, faz vaquinha para pôr fim à rotina de cirurgias

Após passar por três operações para retirada de hérnias no SUS , a dona de casa pede ajuda para tentar uma abordagem cirúrgica diferente, em clínica particular

04/08/2020 - 08h00min

Atualizada em: 05/08/2020 - 11h46min


Arquivo pessoal / Arquivo pessoal

— Estou traumatizada, não aguento mais. Não é fácil ter que ir todo o ano para a mesa de cirurgia.

É assim que a copeira desempregada Rosani Robaina Campos, 53 anos, define os últimos três anos de sua vida. Moradora do bairro Sarandi, em Porto Alegre, ela sofre com as dores e desconfortos causados por duas hérnias na região do abdômen  —  que consistem em escape parcial ou total de um ou mais órgãos, devido ao enfraquecimento das camadas de tecido interno. 

Para correção dos escapes, a indicação é que o paciente passe por intervenção cirúrgica. O problema, porém, é que, no caso de Rosani, três procedimentos já foram feitos — em 2017, 2018 e 2019 —, mas as hérnias sempre voltaram a aparecer. 

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— Não posso me abaixar nem carregar peso. Tem vezes que já acordo mal e não consigo nem levantar da cama, fico com dor o dia todo. Me sinto envergonhada. Quando saio na rua, as pessoas ficam olhando, porque as hérnias marcam na roupa. É feio, fico desconfortável — relata a dona de casa, acerca das dificuldades enfrentadas por conta do problema de saúde.

Operações

Os três procedimentos para retirada das hérnias aos quais Rosani foi submetida foram realizados na Associação Hospitalar Vila Nova, via SUS. Mas, menos de um ano após cada uma das cirurgias, as protuberâncias voltaram a aparecer — obrigando-a a, agora, preparar-se para a quarta operação. 

Decepcionada com a reincidência do quadro clínico, e temendo que a quarta cirurgia também não seja efetiva, a dona de casa decidiu consultar uma segunda opinião médica. Em clínica particular, descobriu a possibilidade de ser submetida a uma abordagem diferente a dos procedimentos anteriores, com colocação de uma "tela" em seu tecido interno, que visa evitar uma nova abertura — o que, segundo ela, não havia sido feito nas intervenções passadas, realizadas pelo SUS. 

Vaquinha

Esperançosa, a dona de casa vê nesta abordagem a possibilidade de pôr fim aos transtornos causados pelo problema de saúde. Contudo, o valor para o procedimento gira em torno de R$ 15 mil — quantia da qual ela, desempregada, não dispõe. A fim de levantar o valor, Rosani decidiu criar uma vaquinha online — mas, até o momento, conseguiu arrecadar apenas R$ 100. Ainda assim, a moradora do bairro Sarandi já sonha com a vida após a operação promissora:

— O que mais quero é poder voltar a trabalhar. Agora, ninguém quer me dar emprego, porque nenhuma empresa quer contratar funcionários com problemas de saúde. 

Quer ajudar?

/// Doe qualquer valor na vaquinha online de Rosani, acessando o link da campanha

Produção: Camila Bengo



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