Liberação temporária
Primeiro dia de reabertura do comércio em Porto Alegre tem filas e movimentação intensa no Centro Histórico
Lojas de rua e de shoppings foram autorizadas a funcionar até domingo
Porto Alegre voltou a abrir, nesta sexta-feira (7), lojas de rua, salões de beleza, shoppings e galerias. A reabertura foi possível após uma decisão da prefeitura da Capital divulgada na quinta-feira (6) em atenção ao Dia dos Pais. Nesta manhã, muita gente aproveitou para fazer compras.
Na Avenida Voluntários da Pátria, na área central, a circulação se intensificou a partir das 10h. Na frente das lojas, vendedores convidavam quem passava pela rua para entrar nos estabelecimentos.
A esteticista Kethelen Farias de Castro, 25 anos, veio de Viamão, na Região Metropolitana, em busca dos últimos itens para a chegada da filha. Ela está grávida de nove meses e, segundo os médicos, o parto deve acontecer até o final do mês.
— Preciso de um pijama para mim, alguns produtos de farmácia que vou usar na maternidade. O enxoval da Catarina já está todo comprado. Em relação à pandemia, eu até tenho medo, mas agora sou obrigada a ir ao hospital para a chegada da minha filha — diz.
O funcionário de uma loja de calçados na região do camelodrómo comemorou a reabertura. O local ficou fechado desde o início da pandemia. Nesta manhã, os tênis voltaram a ser expostos em uma vitrine e os primeiros clientes começaram a chegar.
— A expectativa é das melhores, mas vamos ver como vai ser depois de domingo — comentou Leandro Silva.
As lojas de rua, de centros comerciais e de shoppings poderão funcionar de hoje até domingo (9), em Porto Alegre, sem restrição de horário para essas atividades. A maioria dos estabelecimentos visitados pela reportagem de GaúchaZH na Voluntários da Pátria realizava a medição de temperatura nos clientes e oferecia álcool gel.
Mercado Público com filas
Depois de permanecer um mês com as portas fechadas para circulação interna, o Mercado Público reabriu às 8h30min desta sexta-feira (7). Antes da abertura, cerca de 40 clientes formaram uma fila no portão do Largo Glênio Peres. O auxiliar administrativo Fernando Dietrich era o primeiro da fila. Ele teve de sair de casa para realizar exames médicos e aproveitou para dar um pulo no local e garantir mantimentos.
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— Prefiro comprar no Mercado pelo preço, pela qualidade e coisas que a gente só encontra aqui. Gosto de comprar frios e pescados — conta.
Do lado de dentro, o atendimento só ocorre pelos balcões, não sendo permitida a entrada nas bancas. Uma das proprietárias da peixaria Mar Azul, Lidiane Maciel diz que a expectativa para voltar a ocupar o caixa do estabelecimento estava grande:
— A emoção de voltar a trabalhar foi grande, tomara que todo mundo siga se cuidando para conseguirmos seguir atendendo os clientes.
A administração do Mercado solicita à população que apenas um integrante por família se desloque para as compras. O número de pessoas que poderão acessar a área correspondente a 25% do total apontado no Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI).